segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Balança comercial volta a apresentar déficit na terceira semana do mês

Mariana Branco - Agência Brasil 20.01.2014 - 15h51 | 
 
Brasília – A balança comercial brasileira voltou a apresentar déficit (exportações menores que importações) na terceira semana de janeiro, ficando negativa em US$ 1,475 bilhão. Nas duas primeiras semanas do mês, o saldo já havia ficado no vermelho. Com o novo resultado, o Brasil acumula US$ 2,049 bilhões em saldo negativo no ano. O resultado semanal foi deficitário porque o país exportou o equivalente a US$ 3,772 bilhões e gastou US$ 5,247 bilhões em importações. Os dados foram divulgados hoje (20) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Apesar do saldo negativo, houve alta na média diária exportada, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil. O indicador ficou em US$ 754,4 milhões, 4,2% superior ao resultado acumulado até a segunda semana de janeiro. Os produtos básicos sustentaram a alta, com aumento de 20,1% nas vendas externas, principalmente em razão de petróleo bruto, minério de ferro, carnes bovina, suína e de frango e café em grão.


O recuo nas vendas de semimanufaturados (-20,2%) e manufaturados (-3,1%), no entanto, impediu um resultado mais expressivo das exportações brasileiras. No primeiro grupo, os produtos que puxaram a queda nas vendas foram açúcar bruto, celulose, ferro fundido e semimanufaturados de ferro e aço. No caso dos itens industrializados, houve decréscimo no comércio de polímeros plásticos, açúcar refinado, máquinas para terraplanagem, automóveis de passageiros, suco de laranja e laminados planos de ferro ou aço.

Do lado das importações, a média diária vendida na terceira semana teve forte alta na comparação com as duas primeiras. O indicador subiu 30,1%, passando de US$ 806,1 bilhões para US$ 1,049 bilhão. A elevação é explicada principalmente pelos maiores gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, automóveis e peças e produtos siderúrgicos.
Edição: Nádia Franco

Um retrocesso no combate à corrupção eleitoral.

Procuradores-Gerais de Contas e a Associação Nacional do Ministério Público de Contas divulgaram nota contra a resolução do Tribunal Superior Eleitoral de impor limites à investigação eleitoral

André Richter - Agência Brasil 20.01.2014 - 20h08 | 
 
Brasília – O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Contas e a Associação Nacional do Ministério Público de Contas divulgaram nota contra a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que limita o poder de investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE) nas eleições de outubro. Segundo as entidades, a norma significa um retrocesso no combate à corrupção eleitoral.

Os procuradores de contas entendem que a norma é inconstitucional por criar barreiras para dificultar as investigações de crimes eleitorais. Segundo a nota, a decisão afronta a eficiência administrativa, “num quadrante histórico em que a sociedade reclama de todas as instituições uma atuação pronta e eficaz no combate à corrupção, que atingiu níveis endêmicos no Brasil, mormente no que se refere às eleições, em que, lamentavelmente, ainda grassam os abusos do poder político e econômico, como o uso indevido da máquina administrativa, compra de votos, entre outros delitos”.

A Resolução 23.396/2013 foi aprovada pelo plenário do TSE em dezembro do ano passado. De acordo com a norma, a partir das eleições de outubro, a instauração de inquérito para apurar crimes eleitorais só poderá ser feita com autorização do juiz eleitoral. Segundo o ministro Dias Toffoli, relator das instruções das eleições, o poder de polícia deve ser exercido pelo juiz. Atualmente, a Polícia Federal também deve pedir autorização à Justiça Eleitoral para fazer investigação.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao TSE a revisão da resolução. De acordo com o procurador, se o TSE não revisar a resolução, uma ação para declarar a norma inconstitucional será impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de garantir o poder do Ministério Público para investigar crimes eleitorais.

  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

Os mortais ocupam os shoppings, de graça; os companheiros ocupam o Estado brasileiro, bem pagos.

Política

Rolezinho no Planalto, por Guilherme Fiuza

Guilherme Fiuza, O Globo

O rolezinho do PT no Palácio do Planalto, como se sabe, caminha para perfazer 16 anos — o dobro do Estado Novo de Getúlio Vargas. Se Dilma Rousseff não aparecer fantasiada de Marcos Valério em algum dos seus pronunciamentos à nação — ela já fez o do réveillon, só faltam o do carnaval, o do Dia da Mulher, o da Páscoa, o do Dia do Trabalho, o do Dia das Mães, o de Corpus Christi, o do Dia dos Pais e o do Dia da Independência — ninguém tasca mais quatro anos de rolezinho petista.

Tudo correndo bem no primeiro turno, Dilma nem precisará convocar cadeia de rádio e TV no Dia de Nossa Senhora Aparecida e no Dia de Finados, porque os concorrentes já estarão finados no início de outubro.

Enquanto a próxima data festiva não chega, o governo popular trabalha duro para reciclar sua retórica coitada. 

E acaba de encontrar uma nova jazida, que talvez possa jorrar poesia social-demagógica até a eleição. 

O fenômeno dos rolezinhos — invasão de shoppings por multidões de jovens da periferia — foi uma providência divina na vida ociosa dos governantes petistas.


Dilma Rousseff. Foto: Divulgação

Não que eles se importem de mentir um pouco mais nos pronunciamentos oficiais, como no anúncio do superávit de 2013: o governo roubou 35 bilhões de reais da meta (meta para eles é um estado de espírito) e divulgou, com a maior tranquilidade, o cumprimento da mesma.

Ainda rebolou como um Anderson Silva na frente do adversário, informando que estava divulgando a façanha com antecedência para “acalmar os nervosinhos”. Fale a verdade: se você conta uma mentira desse tamanho em casa e ninguém duvida, ou você vai ficar zangado com a ignorância dos seus ou vai querer abrir imediatamente uma franquia da bocarra petista.

Mas aí surgiu o rolezinho. Trata-se, antes de tudo, de um vocábulo patético, cafona, que poderia muito bem ter saído da cabeça de um soldado de José Dirceu — desses que passam a vida bolando vírus sociais como munição ideológica. Mas é melhor imaginar que o rolezinho não tenha sido invenção de algum desses aloprados profissionais, porque aí o esquema teria chegado à perfeição — e com sordidez perfeita não se discute. O fato é que o fenômeno em si, com toda a sua miséria fonética, estética e cultural, trouxe um sopro de vida à indústria do oprimido.

Trata-se, antes de tudo, de um vocábulo patético, cafona, que poderia muito bem ter saído da cabeça de um soldado de José Dirceu 
É fácil saber quando um assunto entra no altar da panfletagem petista. Quando o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, surge do nada se pronunciando sobre alguma coisa, é tiro e queda: o estado-maior detectou ali um excelente potencial demagógico. E adivinhem o que o analista de invasões a shoppings, em nome de todo o império da penúria, acha do tema? Acertou: ele acha um fenômeno natural, numa sociedade que precisa entender que “acabou a possibilidade de termos espaços segregados”.

Não é uma beleza? De fato, não há segregação possível, não há fronteiras que possam deter o pensamento solidário dos hipócritas. A revolução socialista dos rolezinhos já levou até três mil adolescentes para dentro de um shopping em São Paulo. O PT acha certo — e boa parte da burguesia culpada e pusilânime também vai achar — que uma multidão de garotos, reunidos não interessa por que rede social, não interessa por que motivo, tosco ou não tosco, tem o direito de privar os indivíduos que não estão em bando do lazer ou dos serviços de um shopping. A não ser que o secretário-geral ache que vai passear com a sua família, lanchar, consumir cultura, moda e circular normalmente num caixote com recheio adicional de 3 mil pessoas.

Assim é a infernal bondade aritmética da esquerda: se um ajuntamento de cabeças, ocas ou não, resolve ocupar um espaço público e atropelar a sua finalidade, tudo bem. Essas mentes bondosas e esquemáticas, que acham o rolezinho natural, só sabem repetir que não se pode barrar ninguém em lugar nenhum, e que qualquer outra atitude é preconceito elitista contra a periferia.

Se um adolescente ou jovem saudável vai escolher virar massa humana para transformar shopping em galpão, ou para cortar o barato alheio, é duvidoso. Não é só isso? É protesto? É invasão? Que seja — mas seja identificado como tal, e tratado como tal. Se não, humanistas como Gilberto Carvalho continuarão dizendo que o rolezinho dos menininhos coitados não é caso de polícia — até que o próprio rolezinho se torne a autoridade nos shoppings, porque ninguém pode nada com uma multidão dessas. Aí é rezar para que suas excelências rolezistas não decidam saquear e quebrar, como já andou acontecendo.

Enquanto isso a inflação de 2013 ultrapassou a expectativa — que já afrontava a meta —, reduzindo o poder de compra dos periféricos e dos não periféricos. Talvez a saída seja mesmo rolezinho para todos. Os mortais ocupam os shoppings, de graça; os companheiros ocupam o Estado brasileiro, bem pagos.

Fonte: O Globo, 18/01/2014


Guilherme Fiuza
Guilherme Fiuza é colunista da revista "Época" e do jornal "O Globo". É formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). É autor de "Meu nome não é Johnny" (Record, 2004), "3.000 dias no bunker" (Record, 2006), "Amazônia, 20º andar" (Record, 2008), “Bussunda - A vida do Casseta” (Objetiva, 2010) e "Giane — Vida, arte e luta" (Sextante, 2012).




Viver perto de áreas verdes aumenta sensação de bem-estar, diz estudo




Um estudo de cientistas britânicos sugere que viver em uma área urbana com espaços verdes tem um impacto positivo no bem-estar mental dos habitantes de cidades.

Os pesquisadores, da Universidade de Exeter, constataram que passar a morar em um local com áreas verdes gera um efeito positivo duradouro, enquanto que aumentos de salários ou promoções no trabalho, por exemplo, fornecem apenas efeitos positivos de curto prazo.

Para os autores da pesquisa, os resultados mostram que o acesso a parques urbanos traz benefícios à saúde pública.

Mathew White, do Centro Europeu para o Desenvolvimento e Saúde Humana da Universidade de Exeter, um dos autores da pesquisa, explicou que o estudo se baseia nas descobertas de um outro levantamento, que mostrou que as pessoas vivendo em áreas urbanas mais verdes tinham menos sinais de depressão e ansiedade.

Ele diz que isso ocorre "por várias razões". "Por exemplo: as pessoas fazem todo tipo de coisas para ficarem mais felizes, elas lutam por uma promoção no trabalho, aumento de salário, até se casam. Mas o problema com todas estas coisas é que, depois de seis meses a um ano, elas voltam aos níveis originais de bem-estar. Então estas coisas não são sustentáveis, elas não nos fazem felizes no longo prazo", afirmou.

"Descobrimos que em um grupo de ganhadores da loteria, que tinham ganho mais de 500 mil libras (quase R$ 2 milhões), o efeito positivo definitivamente estava lá, mas depois de seis meses a um ano, eles tinham voltado aos níveis normais."

As descobertas foram publicadas na revista especializada Environmental Science and Technology.

Dados

A equipe de pesquisadores usou dados da Pesquisa de Residências Britânicas (que mudou o nome para pesquisa Compreendendo a Sociedade) e que começou a ser feita na Grã-Bretanha em 1991 pela Universidade de Essex.

"É uma amostra enorme e representativa da população britânica (atualmente cerca de 40 mil residências pesquisadas por ano), em que são respondidas várias perguntas, sobre renda, estado civil, etc", disse White.

"Mas também inclui algo chamado Questionário Geral de Saúde, que é usado por médicos para diagnosticar depressão e ansiedade."

"O que você vê é que, mesmo depois de três anos, a saúde mental ainda é melhor (para quem vive perto de áreas verdes), o que é improvável com as muitas outras coisas que achamos que nos farão felizes", disse.

Mais pesquisas

O pesquisador acrescentou que a equipe quer fazer mais pesquisas para examinar uma possível ligação entre qualidade de relacionamentos conjugais e a vida em áreas verdes.

"Há provas de que as pessoas dentro de uma áreas com espaços verdes são menos estressadas e, quando você é menos estressado, você toma decisões mais razoáveis e se comunica melhor", afirmou White.


"Não vou falar que é uma poção mágica que cura todos os problemas do casamento, claro que não é, mas pode ser que (o fator do cenário) ajude a pender a balança na direção das decisões mais razoáveis e diálogos mais maduros."

Com as crescentes provas de ligação entre espaços verdes nas cidades e o impacto na saúde pública, há também o crescente interesse das autoridades e governos pelo assunto, segundo White.

Mas, o pesquisador afirma que não será fácil decidir de onde deve vir o dinheiro para investir em áreas verdes nas cidades.

"Por exemplo: autoridades ligadas ao meio ambiente irão dizer que se é bom para a saúde das pessoas, então o investimento deveria ser feito pelo serviço de saúde."

"Então, há muitas pessoas interessadas, mas o que realmente precisamos no nível de políticas, é decidir de onde virá o dinheiro para apoiar áreas verdes locais de qualidade", acrescentou.


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Veja dicas para relaxar gastando pouco ou nada

 

 

Relaxe ao ar livre: aproveite o ar fresco da manhã ou uma tarde gostosa de sol para passear em um parque, jardim, ficar sentado no quintal ou até mesmo na área de lazer do prédio. 

Marcelo Roque, personal trainer do Olimpia Spa, em São Paulo, indica exercícios de respiração para potencializar esse momento. "O ideal é sentar, respirando e inspirando devagar, tentando levar a cabeça em direção ao céu, em um forte suspiro. 

Os pensamentos positivos também ajudam neste momento de relaxamento. 

Repita este exercício de respiração algumas vezes e se acalme, pois quem acumula muita tensão prejudica até mesmo o fluxo sanguíneo para o cérebro", explica  

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Sauditas disputam prêmio de R$ 124 mil em campeonato com falcões


20/01/2014 10h57 - Atualizado em 20/01/2014 10h57

Evento foi realizado em deserto próximo à cidade de Tabuk.
Participantes lutaram pelo posto de falcão mais rápido ao capturar presa.

Do G1, em São Paulo

Em um deserto próximo à cidade de Tabuk, na Arábia Saudita, competidores com seus falcões se reuniram para a realização de um campeonato para ver qual a ave mais rápida para capturar sua presa.

Os participantes soltam os animais, que precisam pegar as presas o mais rápido possível, e o vencedor leva um prêmio de mais de R$ 124 mil.

Falcões são parte importante da vida dos beduínos sauditas, que utilizam as aves para caçar coelhos e outros animais do deserto.
Homem se prepara para soltar falcão durante competição na Arábia Saudita (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)Homem se prepara para soltar falcão durante competição na Arábia Saudita (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)
Competição realizada em deserto próximo a cidade de Tabuk mostra qual o falcão mais rápido (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)Competição realizada em deserto próximo a cidade de Tabuk mostra qual o falcão mais rápido (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)
Saudita libera ave para a caça durante campeonato de falcões (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)Saudita libera ave para a caça durante campeonato de falcões (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)
Falcão é flagrado segurando sua presa durante competição na Arábia Saudita (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)Falcão é flagrado segurando sua presa durante competição na Arábia Saudita (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)
Participantes disputaram prêmio de mais de R$ 124 mil em campeonato com falcões (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)Participantes disputaram prêmio de mais de R$ 124 mil em campeonato com falcões (Foto: Mohamed Al Hwaity/Reuters)
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A moda pegou: Dirceu, Delúbio e João Paulo também vão pedir doações para multa


20/01/2014 20h04 - Atualizado em 20/01/2014 20h18

Eles seguirão exemplo de Genoino, que conseguiu captar R$ 667,5 mil.
Segundo coordenador jurídico, PT vai reacionar a militância para ajudar.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília


Inspirados pelo exemplo do ex-deputado José Genoino (PT-SP), que conseguiu pagar com doações a multa de R$ 667,76 mil imposta pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, os petistas João Paulo Cunha, Delúbio Soares e José Dirceu também vão abrir sites sites na internet para arrecadar dinheiro.

De acordo com o coordenador do setorial jurídico do PT, Marco Aurélio Carvalho, os portais estão sendo criados pelas famílias dos três condenados e contam com o apoio do partido.

"Esses sites foram organizados pela família de cada um dos condenados e o PT apoia. A verba do fundo partidária não pode, por lei, ser usada para isso. Então, o PT vai acionar da militância para que, de forma solidária, participe dessa campanha", afirmou.


Vai ser um sucesso como a do Genoino"
Marco Aurélio Carvalho,

Condenado a 10 e 10 meses de prisão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu terá que pagar 260 dias-multa no valor de 10 salários mínimos (no montante vigente à época do crime, de R$ 260), o que dá R$ 676 mil. O valor ainda vai aumentar porque será atualizado com base na inflação quando a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal intimar o petista, o que ainda não ocorreu.

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Sorares já foi intimado pela Vara a pagar multa de R$ 466,8 mil. O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) ainda não foi preso e a multa prevista na ocasião da condenação pelo STF era de R$ 370 mil, valor que ainda sofrerá alteração no momento da aplicação da pena.

Para o coordenador do setorial jurídico do PT, as campanhas na internet para obter os recursos serão "um sucesso".

"Essa rede de solidariedade será ampliada e vai dar sustento. Vai ser um sucesso como a do Genoino. A solidariedade entre os companheiros é um valor que nos diferencia de tantos outros partidos. É uma marca importante que o PT tem. A gente chega ao final da campanha de Genoino com a compreensão de que a militância ajudou", disse Marco Aurélio Carvalho.


Multas

Nesta segunda, venceu o prazo para que cinco condenados no processo do mensalão pagassem as multas devidas à Justiça- os ex-deputados federais José Genoino (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP); o operador do mensalão, Marcos Valério; e os ex-sócios dele Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

Se as multas não tiverem sido pagas, a Vara enviará as informações à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que vai inscrever o nome dos condenados na dívida ativa e iniciar procedimento de execução fiscal, para garantir o depósito dos valores. Os recursos irão para o Fundo Penitenciário Nacional, usado para melhorias nas condições dos presídios.

A defesa de Genoino informou que depositou o valor, obtido com doações a partir de uma campanha na internet. Já os advogados de Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz informaram que seus clientes não pagariam nesta segunda as dívidas com a Justiça.
 

A Vara de Execuções Penais informou que não deve divulgar nesta segunda (20) se os condenados no processo do mensalão pagaram ou não as multas. As  informações sobre os valores depositados em juízo deverão ser repassadas pela Vara ao longo da semana.

Mulher fotografa ladrão armado entrando em sua casa.


20/01/2014 17h41 - Atualizado em 20/01/2014 18h46

Mulher fotografa brincadeira na piscina e flagra ladrão invadindo casa

Crime aconteceu em Guarujá, no litoral de São Paulo, no sábado (18).
Polícia diz que foto permitiu a identificação do suspeito.

Anna Gabriela Ribeiro Do G1 Santos
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Homem foi flagrado pulando muro da casa antes de assaltar (Foto: Arquivo Pessoal / Taiara Magda)Homem foi flagrado pulando muro da casa antes de assaltar (Foto: Arquivo Pessoal / Taiara Magda)

 A cena de um homem armado invadindo uma casa de veraneio foi flagrada por uma das vítimas, neste sábado (18), em Guarujá, no litoral de São Paulo. A foto foi parar nas redes sociais, teve milhares de compartilhamentos e ajudou a polícia a identificar o suspeito. Segundo a polícia, o homem pode ser preso nas próximas horas.

O crime aconteceu por volta das 15h de sábado, em uma casa na Praia de Pernambuco, em Guarujá. O flagrante aconteceu enquanto um grupo de amigos se divertia na piscina da casa. Uma das vítimas postou a foto em uma rede social e desabafou. “Você trabalha de segunda a sexta, ganha seu dinheiro suado e quando vai tirar um lazer, olha o que acontece. Até onde essa impunidade vai?” escreveu a vítima em sua página no Facebook. A vítima ainda relatou que diversos objetos foram roubados por três homens armados.

A autora da foto conversou com o G1 nesta segunda-feira (20) e falou sobre o caso. "Me escondi no quarto e meu celular não foi roubado. Quando vi a foto fiquei em choque", conta Taiara Magda.

A ocorrência foi registrada na delegacia sede de Guarujá, onde o caso está sendo apurado. “Nós analisamos a foto e reconhecemos o suspeito, que é maior de idade e já tem passagem por roubo e furto. Também identificamos os outros dois comparsas. Agora vamos aguardar o reconhecimento das vítimas para efetuar a prisão”, explica o investigador chefe Paulo Carvalhal.

O investigador também ressalta a importância de levar as provas de um crime imediatamente para a polícia. “A foto é verdadeira, mas jogar na internet para depois passar para a polícia é um erro. Isso pode atrapalhar a investigação. Então fica a dica para pessoas que passem por uma situação parecida”, ressalta Carvalhal.



O vídeo em que Lula garante que criticar Sarney é um preconceito que tem cura só reafirma que não há remédio para a pouca vergonha.

Em 30 de novembro de 2010, o repórter do Estadão que acompanhava Lula na visita à usina hidrelétrica estreita quis saber se a última viagem ao Maranhão como presidente “era uma forma de agradecer o apoio recebido durante oito anos da oligarquia Sarney”. Talvez por ignorar que oligarquia (do grego oligarkhía, cujo significado literal é “governo de poucos”) é a palavra que costuma designar um sistema político que concentra o poder nas mãos de um pequeno grupo pertencente à mesma família ou ao mesmo partido, Lula achou a pergunta insultuosa. Ao lado da governadora Roseana Sarney, virou-se para o jornalista e desandou no palavrório eternizado no vídeo de 1:37:

“Agradeço, agradeço. A pergunta preconceituosa tua é grave pra quem tá  oito anos cobrindo cobrindo Brasília. Significa que você não evoluiu nada do ponto de vista do preconceito, que é uma doença. Sabe… O presidente Sarney é presidente do Senado… O Senado é uma instituição com autonomia diante do Poder Executivo, da mesma forma que o Poder Judiciário. E o Sarney colaborou muito para que a institucionalidade fosse cumprida. (Ouve-se em off a voz de Roseana: ‘Eu fui eleita pelo voto popular’.) “E demais é o seguinte: o Sarney foi eleito pelo povo do Amapá. Eu não sei por que esse preconceito contra o Sarney. Você tem de se tratar, fazer um curso. Quem sabe fazer psicanálise para diminuir um pouco o seu preconceito”. (“Preconceito contra a mulher também, contra a mulher”, aparteia Roseana. “Eu fui eleita governadora do Maranhão no primeiro turno. Voto direto do povo”).  

Percebe, eu sinceramente acho gravíssimo esse preconceito. Eu lamento que não tenha havido nenhuma evolução com tudo o que aconteceu neste país. O Sarney não é o meu presidente. Ele é o seu presidente do Senado, ele é o presidente do Senado deste País. Então, se você você tiver que fazer algum protesto você vai pro povo do Amapá e protesta porque elegeu o Sarney. Vá pro povo de São Paulo e protesta porque elegeu… sabe… o  Tiririca. Vá protestá contra as pessoas que foram votadas no Rio e que você não gostou. Mas na medida que a pessoa é eleita e toma posse, ela passa a ser uma instituição e tem que ser respeitada por ser essa pessoa da instituição”.

Quer dizer que Lula virou amigo de infância do inimigo que considerava “o maior ladrão do Brasil” por ter-se livrado, com a ajuda de algum psicanalista, da doença que impede tanta gente de reconhecer que o Maranhão é uma Califórnia nordestina? Quer dizer que só na imaginação de quem não respeita uma instituição existem os presos decapitados de Pedrinhas, a imensidão de analfabetos, as multidões de miseráveis e outros tumores que que infestam a capitania hereditária?

Haja cinismo. O vídeo em que Lula garante que criticar Sarney é um preconceito que tem cura só reafirma que não há remédio para a pouca vergonha.

Por uns pelos a mais

Segunda-feira, janeiro 20, 2014

Por uns pelos a mais - ROBERTO POMPEU DE TOLEDO

REVISTA VEJA
BLOG do Murilo

Se tudo correr conforme o esperado, frutificarão na cabeça do senador Renan Calheiros ao longo da sessão legislativa que se abre no próximo mês os 10 118 fios de cabelo que lhe foram transplantados da nuca para o cocoruto, em cirurgia realizada em dezembro no Recife. Projeta-se em três meses o prazo para que irrompam, desassombrados como brotos a forçar passagem no solo, os primeiros fios. Isso ocorrerá lá para meados de março. No segundo semestre já terão crescido o suficiente para fazerem diferença.  
Ganhará o senador no cobiçado reforço à cobertura capilar. Perderá o Senado. Ao vir a público que Calheiros viajou num avião da FAB para fazer o transplante, enfatizou-se, com justiça, o escândalo que foi ter usado transporte oficial para uma atividade privada.  
 
Esqueceu-se desse outro escândalo que é um senador da República submeter-se a transplante de cabelos. Renan comandará o Senado neste ano mais cabeludo, mais satisfeito com a imagem que vê no espelho e tomado de renovado prazer ao deslizar o pente sobre o couro cabeludo — mas também mais falso e incondizente com o que se espera de um senador.

O mundo se divide entre homens que podem e não podem fazer transplante de cabelo. Cantores e atores podem. Para alguns, é questão de sobrevivência profissional. Políticos não podem, assim como não podem pintar os cabelos. Isso devia estar na Constituição. Como não está, eis mais um item a ser incluído no rol da sonhada reforma política. Duas subcategorias podem menos ainda do que o comum dos políticos. A primeira é a dos que gostam de se dar ares de revolucionários. José Dirceu, por exemplo. Ao se apresentar para a prisão, ele fez o gesto de desafio comunista do braço levantado e do punho fechado. Meses antes, havia se submetido a um transplante de cabelos, por sinal com o mesmo doutor Fernando Basto que atendeu Renan e é o preferido dos políticos. Difícil imaginar Che Guevara marcando hora com o doutor Basto, ao descer da Sierra Maestra.

A outra categoria é a dos senadores. Transplantar ou pintar cabelos é algo que se tomou epidêmico entre os políticos brasileiros. Alguns transplantam e, ainda por cima, pintam. Se tal prática já é preocupante em deputados, ministros ou governadores, mais ainda se toma entre senadores. O Senado, por definição, é o local dos mais velhos, e, por isso mesmo, dos que se supõem mais experientes e mais sábios, entre os encarregados de zelar pela pátria. A palavra tem a mesma raiz de senhor, de senhorial, de senhoril, de sênior, e todas remetem à austeridade, à prudência e à sensatez identificadas com o passar dos anos. Ora, pintar ou implantar cabelos é, antes e acima de tudo, um ardil destinado a falsear a idade. É portanto tentar dar um drible na senhoria, na senioridade e na senhorilidade em que repousa a própria ideia de Senado. 
 
Senador que pinta ou transplanta o cabelo fere o princípio fundador da instituição a que pertence. Com isso, entra em conflito com ela, apequena-a e desmoraliza-a.

Na conhecida crônica "O velho Senado", Machado de Assis recorda os senadores que conheceu como jovem repórter, em 1860: "Uns, como Nabuco e Zacarias, traziam a barba toda feita; outros deixavam pequenas suíças, como Abrantes e Paranhos, ou, como Olinda e Eusébio, a barba em forma de colar; raros usavam bigodes, como Caxias e Montezuma". Não há sinal de pelos falsificados em nenhum dos velhos políticos que desfilam pela memória de nosso grande romancista. O marquês de Itanhaém ele lembra que usava cabeleira, mas isso naquele tempo, em vez de trair a tentativa de parecer mais jovem, tinha o efeito contrário. Itanhaém usava cabeleira porque, sendo o mais velho da casa, ainda cultivava um hábito do começo do século.

Visto de hoje, o Senado de 1860 tinha muitos defeitos, a começar por se constituir num reduto de senhores de escravos, legislando num país escravista. Mas era integrado por cavalheiros que assumiam o caráter sênior, senhoril e senhorial inerente ao cargo. Outro grande escritor brasileiro, Mário de Andrade, calvo notório e precoce, já aos 30 anos, escrevia: "Muito de indústria me fiz careca / Dei um salão aos meus pensamentos". Que ninguém se sinta ofendido, afinal há transplantados e transplantados, mas pela lógica do poeta, ao qual adere o colunista com o entusiasmo de irmão em cocoruto abandonado à própria sorte, Renan Calheiros fez o contrário: estreitou os cubículos pelos quais vagueiam seus pensamentos.
 

Por qual razão seria incorreto fazer piadas sobre negros e gays, mas não sobre o cristianismo?

Dois pesos e duas medidas - LUIZ FELIPE PONDÉ

FOLHA DE SP - 20/01

Não sou religioso, só frequento templos vazios. Tampouco considero o ateísmo prova de maior inteligência ou coragem intelectual. Dias atrás, nesta coluna, ataquei as dimensões picaretas das religiões.

Por que digo isso? Porque hoje em dia, em épocas de exigências de pureza ideológica (no mundo da cultura vivemos um fascismo descarado dos bonzinhos, baseado em difamação de quem não frequenta as ideias que eles frequentam), se faz necessário apresentar algumas "credenciais" quando se vai tratar de um assunto delicado que pode ofender a sensibilidade totalitária dos bonzinhos. Quando ofendidos, os bonzinhos passam à gritaria, principalmente nessa masmorra escura que são as redes sociais.

Apesar de não ser religioso, conheço o suficiente de algumas religiões para saber que muitas delas carregam um saber de valor inestimável, fato este que escapa a muitos dos críticos banais das religiões. Você identifica um ignorante quando ele diz que a Bíblia é um livro opressor.
Dito isso, vamos ao que interessa. Há alguns anos, um cartunista dinamarquês passou por poucas e boas quando fez piadas com Maomé. Lembro-me de muitos dos bonzinhos defenderem o direito dos muçulmanos de se ofenderem com a piada e jogarem a atitude do cartunista no saco indiferenciado do preconceito ocidental contra o Islã.

Fico feliz que no Brasil ainda se possa fazer humor com as religiões e que quem faz piada com Jesus (que acho um cabra-macho, mas não acho que seja Deus) possa fazê-lo, ganhar dinheiro com isso e não ser ameaçado de morte. Ou, quem sabe, perder o emprego. Pedir a cabeça de alguém é um pedido comum dos bonzinhos quando leem algo com que não concordam.
Acho que o humor deve ser livre porque ele é uma das dimensões por meio das quais o espírito humano sobrevive, se alimenta e reflete sobre sua condição.  


Não partilho da ideia de que o humor seja uma forma menor de cultura. Por isso, discordo da tentativa de qualquer grupo, religioso ou não, de querer barrar ou processar quem quer que seja por ter feito piada do que for.

Mas me pergunto uma coisa: por que alguns acham politicamente incorreto fazer piadas com negros, índios, gays e nordestinos (e julgam justificados processos legais contra quem faz tal tipo de piada), mas julgam correto fazer piada com os ícones do cristianismo?

Claro, quem pratica esse tipo de critério, com dois pesos e duas medidas, é gente boazinha e com opiniões corretas. Defendem a própria liberdade, mas negam imediatamente a liberdade de quem os aborrece. O nome disso é incoerência. A democracia só vale para quem nos irrita, mas os bonzinhos não pensam assim.

Não me surpreende a incoerência dos bonzinhos, porque o que faz alguém ser bonzinho hoje é a falta de caráter. Ser do "partido dos bonzinhos" hoje dá dinheiro, ganha editais, cargos no governo, fotos em colunas sociais, convites e prêmios culturais. Identificar um bonzinho hoje em dia como resistente ao poder é uma piada e tanto! Eles estão no poder até no RH das empresas e na magistratura.

Os cristãos têm todo o direito de ficar bravos com as piadas com Jesus (que aliás, costumam ser ótimas). Mas, acho "engraçado" (já que estamos falando de humor) alguém não perceber que vivemos num mundo em que tirar sarro de cristão pode, mas de outros grupos não. Por quê?

Fácil: porque ninguém precisa ter "cojones" para tirar sarro de cristão. No mundo da cultura, falar mal de religião (menos da indígena, afro e budista) é bater em bêbado na ladeira.

Proposta: que tal tirar sarro das pautas dos bonzinhos? Tipo fazer piada com as "jornadas de junho". (...). Ou de gente que vive falando mal da polícia, mas treme de medo e chama a polícia logo que sente sua propriedade privada em risco. Ou do movimento estudantil. Ou de intelectual que glamoriza os "rolezinhos". Ou das feministas. Ou de ateus militantes. Ou do exército da salvação PSOL e PSTU. Ou de quem diz que bandidos são vítimas sociais.

É isso aí: que tal fazer piadas com os preconceitos dos bonzinhos? Missão impossível?
 


BLOG do MURILO

Loteamento de Brasília surpreende membro da Unesco

3/12/2013 9:00
Por Leandro Mazzini - de Brasília

Unesco
Unesco
De passeio por Brasília no inicio do mes de dezembro , o espanhol Carlos Sambrício ficou pasmo com protesto de moradores e urbanistas na Igrejinha da 307, na Asa Sul. Membro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), da Unesco, Sambrício é um dos fiscais que dão aval para o título de Patrimônio da Humanidade.  

Ele se surpreendeu ao saber que a Câmara Distrital pretende votar novo Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB), sem consulta à ONU, e lotear as áreas verdes do Plano Piloto.

Orçamento do Rio/2016 ficará acima do previsto e COI quer ajuda de Dilma

20 de janeiro de 2014
Jogos Olímpicos | Estadão.com.br - Últimas notícias | Esportes | BR


Divulgação

Dilma terá reunião com presidente do COI
A intenção é que o governo federal entre com maior peso na organização do evento Jamil Chade - O Estado de S. Paulo 

 GENEBRA - A Olimpíada do Rio em 2016 terá um orçamento acima do previsto originalmente, e o Comitê Olímpico Internacional (COI) não descarta que o governo terá de entrar com um maior volume de verbas para socorrer o evento e fechar as contas. Terça-feira o novo presidente do COI, Thomas Bach, se reúne com a presidente Dilma Rousseff pela primeira vez em Brasília. Na agenda, um pedido dele para que o governo federal entre com maior peso na organização do evento.

Nesta semana, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) promete apresentar finalmente seu novo orçamento para os Jogos, depois de quatro anos de mistério. Na quinta-feira a entidade divulgará os novos números, enquanto muitos em Lausanne já admitem que o valor ficará "substancialmente acima" do que estava previsto na candidatura em 2009.

Naquele momento, o Rio havia indicado que o evento consumiria US$ 2,8 bilhões. Outros US$ 11,6 bilhões seriam gastos em obras de infraestrutura. Por enquanto, o COB apresentará apenas os números relativos aos Jogos em si. O valor das obras de infraestrutura ficará para um segundo momento.

Mas em Lausanne a expectativa é de que os gastos previstos já poderiam ter sérios problemas para serem financiados apenas com verbas privadas, como era a ideia inicial. Fontes no COI confirmaram ao Estado que existe uma pressão cada vez maior para que o poder público socorra o evento. Um dos problemas tem sido a arrecadação com patrocinadores, que estaria abaixo das metas iniciais.

Na terça-feira, com Dilma, Bach ainda deixará claro que não quer uma repetição da crise com a Fifa e os atrasos se repetindo no Rio. "Temos de reconhecer que não há tempo para perder e que todo o esforço tem de ser feito todos os dias em obras de construção e infraestrutura para levar os trabalhos adiante", disse o alemão.

Grotesca submissão à Fifa

20 de janeiro de 2014
Ministério do Esporte | O Popular | Opinião | GO
Grotesca submissão à Fifa

HENRIQUE DUARTE
No regime militar, para corrigir talvez a maior injustiça contra os trabalhadores rurais sem garantias previdenciárias, os generais criaram as aposentadorias para quem nunca havia contribuído. Por conta do Tesouro Nacional. Por longo tempo, milhões de trabalhadores rurais ingressaram no INSS com o beneficio de um salário mínimo.

Foi o recurso único para incluir famílias desamparadas, animadas por trabalhadores que nunca tiveram carteira assinada e que, portanto, se expunham verdadeiramente a uma injusta situação na velhice, na doença ou outra forma de incapacidade funcional.

Hoje, dizendo o governo que o Instituto está no vermelho, a presidente Dilma Rousseff mesmo assim sancionou lei que aumenta seus gastos. ALei Geral da Copa (12.663, de 23/06/12) premia e aposenta ex-jogadores de futebol. Cena do mesmo filme do marketing eleitoral que utiliza o dinheiro público em "cortesias com o chapéu alheio". 

Artigo 37: "É concedido aos jogadores titulares e reservas das seleções brasileiras campeãs das copas mundiais masculinas nos anos de 1958,1962 e 1970: 1 - Prêmio em dinheiro; II - auxílio especial mensal (aposentadoria) para jogadores sem recursos ou com recursos limitados".

Prevê em seguida o valor do prêmio, a ser pago de uma só vez, no montante de R$ 100 mil, pelo Ministério dos Esportes. E determina ao INSS o pagamento de auxílio mensal. Os benefícios são concedidos livres de Imposto de Renda e extensivos aos sucessores.

Muita coisa estranha. Não era necessário que o Brasil se abrisse tanto. A lei em pauta garante ressarcimento à Fifa em caso de prejuízo, até os decorrentes, caso aconteçam, de protestos que impeçam o acesso aos estádios.

Milhares de brasileiros ainda dormem nas filas do Instituto ao tentar a aposentadoria. Mesmo se a requerer por idade, direito constitucional, se não tiver tempo de contribuição deve buscar a justiça para conseguir um salário mínimo por mês. Este é ainda o caminho percorrido por trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Para a massa dos aposentados do INSS que percebe pelo piso de um mínimo, a quantia de R$ 100 mil que os ex-futebolistas ou suas famílias podem embolsar como prêmio representaria a redenção financeira. E se o INSS resolver considerar que, para campeões do mundo apenas um salário de auxílio mensal permanente é pouco?

Poderá atribuir, por exemplo, dez salários.

Nada impedirá, já que a lei deixa essa brecha.

Diz que a aposentadoria deve ser proporcional ao grau de dificuldade financeira. Critério injusto para com os demais aposentados. 0 cabide onde a presidente pendura lenços com os quais acena para a população, com vistas à reeleição, está abarrotado de bondades com o dinheiro público. Pendura também o lenço negro da submissão à Fifa.

A entidade é a dona das copas. Esta que se realizará no Brasil não foge à regra. A ela pertencem os direitos de transmissão, as bilheterias e tudo o mais, e ainda pode contabilizar doações oficiais diretas e indiretas, deslocamentos de equipes, direitos de imagem e por aí vai.

Neste ano de Copa vive o Brasil dias semelhantes aos da Colônia, quando as únicas riquezas, as do subsolo, seguiam para a corte portuguesa. Uma boa parte já era então surrupiada pelos corruptos da vez que escondiam do rei sacos de diamantes garimpados pelos escravos.

Agora, o país se entrega à Fifa, entidade européia. Situação que, na história, recria o passado de um modo diferente, mas tão nocivo como o ancestral. A atual Lei Geral se assemelha à dos Quintos, que reservava um quinto de tudo que fosse extraído das minas para a coroa. A entidade futebolística, no entanto, vai ficar com tudo. O País, com os gastos superfaturados e demais despesas. A lei autoriza o governo Dilma a entregar à Fifa até bilhões de reais, se forem requeridos, para cobrir prejuízos. 

Talvez, sem perceber, voltamos às origens entreguistas. Por esta e inúmeras outras razões.

O Tesouro banca. Todos lhe metem a mão e ele está sempre cheio, por causa dos impostos altos. Se a corrupção é patológica e incurável, o desrespeito aos cofres públicos tem o mesmo cheiro de podridão. Para o exterior mandamos bilhões dos lucros das empresas estrangeiras, livres de IR e taxas. E agora, até os lucros da Copa também vão embora. Mandamos para Cuba construir o seu Porto de Mariel US$ 270 milhões por ano, durante sete anos seguidos. E nossos portos foram privatizados por incapacidade de gestão do governo.

Um pouquinho só dos lucros da Copa daria para urbanizar a favela Metrô-Mangueira, que fica perto do Maracanã. Aos olhos da Fifa a miserável comunidade é uma vergonha. Por isso as famílias que ali viviam foram enxotadas a pontapé e bala de borracha. Só falta o governo perfumar lugares malcheirosos e poluídos da cidade do Rio, que são muitos, para provar, através das delicadas narinas da Fifa que ela se enganara quanto aos atrasos brasileiros.

Ministério Público entra com ação contra a Fifa

20 de janeiro de 2014
Copa do Mundo | Folha de S. Paulo | Esportes | BR
Ministério Público entra com ação contra a Fifa



Cobrança é contra as estruturas temporárias

Ministérios Públicos das seis sedes da Copa das Confederações entraram com ações contra o Comitê Organizador Local (COL) e contra a Fifa exigindo ressarcimento dos gastos públicos com as estruturas temporárias do entorno dos estádios.

As seis sedes (Bahia, Ceará, Minas, Pernambuco, Rio, além do Distrito Federal) gastaram R$ 214 milhões com o aluguel das estruturas.

Em algumas ações, os Ministérios Públicos argumentam que essas despesas não atendem o interesse público.

Como a Folha publicou ontem, as responsabilidades sobre o aluguel de grande parte desses materiais eram do COL, de acordo com o "Hosting Agreement", contrato firmado com a Fifa em 2007. Neste acordo, são listadas as obrigações do comitê. No entanto, essas atribuições foram repassadas aos governos locais em 2009, por meio de contratos aditivos.

A estimativa dos governos locais é que sejam gastos mais R$ 50 milhões por sede com o aluguel de estruturas temporárias para o Mundial.

Assim, o montante a ser desembolsado com as estruturas complementares dos estádios chega a R$ 814 milhões.

O COL alega que o conteúdo de todo o escopo de obrigações das sedes da Copa do Mundo de 2014 foi comunicado durante o processo de candidatura do Brasil para abrigar o torneio ""o país foi escolhido pela Fifa em 2007.

Cada vez mais se faz necessário a atenção e a efetiva participação da sociedade brasileira na conservação dos recursos naturais do país.

 

Cadê o Parque que estava aqui? 


*Mariana Napolitano Ferreira - 19/01/14 Fonte: ((o))ECO


Um artigo publicado essa semana na revista Biological Conservation por um grupo de pesquisadores e ambientalistas norte-americanos faz um balanço das iniciativas de redução, desafetação (ou descriação) e recategorização (RDR) de áreas protegidas na África, Ásia, América Latina e Caribe entre 1900 e 2010. 

O estudo identificou 543 iniciativas desse tipo em 375 áreas protegidas distribuídas em 57 países, afetando uma área total de mais de 500 mil km2, equivalente ao tamanho da Espanha ou um pouco menor que o estado da Bahia.

Ajustes nos limites de áreas protegidas, especialmente daquelas estabelecidas antes da existência de bases de dados espacializados e da realização de consultas a sociedade, podem ser importantes para reparar injustiças históricas, resolver conflitos locais e garantir a conservação de áreas com alto valor de biodiversidade. 

No entanto, os dados do estudo sugerem que apenas uma pequena fração das iniciativas de RDR foram propostas com esse fim. 

As principais causas que motivaram essas iniciativas estão associadas à ocupação do espaço e ao uso dos recursos naturais originalmente protegidos, para o desenvolvimento de atividades de escala industrial, tais como mineração, óleo e gás, agricultura e a construção de infraestruturas.

O artigo serve como uma referência importante para registrar uma tendência global de retrocesso e flexibilização indiscriminada do status de conservação garantido a áreas consideradas únicas, com alto valor de biodiversidade, serviços ecossistêmicos e beleza cênica. 

No entanto, os dados apresentados, compilados até 2010, não representam um quadro acurado do que ocorre no Brasil.
Uma análise mais detalhada e recente realizada para o país indica que tramitam no Congresso Nacional inúmeras propostas para redução, mudança de status ou desafetação de unidades de conservação, somando mais de 100 mil quilômetros quadrados. 

Segundo matéria publicada pelo site ((o))eco, um levantamento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente identificou mais de 400 projetos de lei que tentam redefinir os limites das unidades de conservação em todos os biomas brasileiros, num embate entre o desenvolvimento sustentável ou crescimento econômico a qualquer custo.

Nas últimas três décadas, o país perdeu mais de 45 mil quilômetros quadrados de área protegida em todas as regiões. E a tendência é de acirramento dessas pressões, com exemplos claros observados em 2013, tais como a pressão pela reabertura da Estrada do Colono no Parque Nacional do Iguaçu, o projeto de lei que permite atividades de mineração em 10% das unidades de conservação de proteção integral e a possível redução do Parque Nacional do Juruena para viabilizar a construção de hidrelétricas.

A criação de parques nacionais e outras unidades de conservação exige inúmeros estudos técnicos e consultas públicas. Já a possível redução ou desafetação dessas áreas por motivos diversos, sem base técnica e debate amplo com a sociedade, ameaça gravemente a biodiversidade, comunidades locais, interesses sociais mais amplos, a segurança jurídica e a integridade do próprio Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

No caso do Parque Nacional do Juruena, situado ao norte do Mato Grosso e sudeste do Amazonas, a suposta necessidade do avanço da “fronteira hidrelétrica” na Amazônia é o único motivo alegado para a redução da área do Parque, o que causaria a inundação de mais de 40 mil hectares de áreas protegidas e o alagamento de 23 das 28 corredeiras do Parque, interferindo nas dinâmicas de seca e de cheia dos rios e inviabilizando processos ecológicos vitais para peixes migratórios, por exemplo.

*É especialista em políticas públicas da WWF Brasil.

Um rasgo na floresta
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Em 27 de agosto de 1972, o então presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, inaugurou aquele que seria o símbolo maior de uma visão desenvolvimentista equivocada: a transamazônica. 

Com 4.223 km de extensão, a rodovia dos generais foi planejada e vendida ao público como um instrumento de desenvolvimento para a região, um canal por onde escoaria a abundância e o progresso. 

Passados 40 anos, a estrada dos ombros estrelados transformou-se apenas num mar de lama e pó, por onde navegam aglomerados de miséria, crime e descaso.

Mesmo diante de 4.223 km de exemplos, alguns brasileiros ainda insistem no discurso que privilegia o progresso a qualquer custo. O alvo da vez é uma estradinha de 17 km de extensão. 

Pequena em tamanho, porém gigantesca em riscos ambientais – caso se leve adiante a insanidade – a Estrada do Colono, no estado do Paraná, poderá se transformar no atual símbolo da ganância e da incapacidade brasileira de lidar com o seu rico patrimônio natural.

Aberta no início de 1930, nunca chegou a ser asfaltada. A Estrada do Colono atualmente não passa de uma pequena trilha que liga as cidades de Serranópolis do Iguaçu e Capanema. 

Sua importância está no fato de que ela atravessa uma das maiores e mais importantes reservas de Mata Atlântica do Brasil: o Parque Nacional do Iguaçu. Com quase 186 mil hectares, o parque criado em 1938, concentra em seus limites uma riquíssima biodiversidade, incluindo espécies endêmicas, que só podem ser encontradas ali. 

Também é um santuário para as onças pintadas e diversas espécies de aves ameaçadas de extinção. 

Abrir uma estrada cortando o parque significa muito mais do que fazer um rasgo na floresta. 

Será, acima de tudo, um enorme e irreparável atentado à biodiversidade da região. Será, além de um ato insano, um rasgo da Constituição Federal.

A guerra pela consolidação da Estrada do Colono é antiga. Uma ação do Ministério Público Federal fechou a estrada em 1986. 

No ano seguinte, uma tentativa de reabertura mobilizou até o exército. 

Em 2001 veio o fechamento definitivo. Em 2003, uma nova tentativa de invasão e reabertura da estrada foi comandada por líderes políticos e fazendeiros da região.

O golpe maior vem agora, na forma de um projeto de Lei do deputado federal petista Assis do Couto. 

O parlamentar conseguiu aprovar na Câmara Federal o PL 7123/2010, que institui a Estrada-Parque Caminho do Colono. 

O PL encontra-se no Senado Federal e a qualquer momento poderá ser aprovado, efetivando dessa forma mais do que um atentado ambiental. A aprovação desse projeto de Lei no Senado será um salvo conduto para que outras iniciativas parecidas sejam implementadas no Brasil.

Diversas organizações ambientais estão mobilizadas no sentido de impedir a aprovação dessa lei retrógada e oportunista. 

Um grupo de ONGs ambientalistas entregou ao Senado Federal uma Cartilha onde demonstra claramente os riscos e as nefastas consequências da abertura da Estrada do Colono. Para acessar a Cartilha, CLIQUE AQUI.

A situação dos parques nacionais brasileiros já é calamitosa demais para receber mais esse golpe

Sem estruturas físicas adequadas, sem investimentos e, sobretudo, sem fiscalização, essas áreas de conservação são constantemente vítimas do descaso do governo federal, o que resulta em permanente degradação ambiental. 

O Ministério do Meio Ambiente, cada vez mais relegado ao ostracismo, assiste calado o que se passa no parlamento.

Cada vez mais se faz necessário a atenção e a efetiva participação da sociedade brasileira na conservação dos recursos naturais do país. 

Só indignação não é mais o suficiente frente aos desmandos cotidianos. É necessário ação, participação. 

A internet, as redes sociais e a pressão sobre os parlamentares é fundamental para impedir que os degradadores ambientais façam a sua festa nas estradas pelo país afora. Manifestemo-nos!

Os brasileiros com vergonha na cara não podem esquecer Ana Clara, nem seus assassinos e cúmplices que se refestelam nos palácios.

Reynaldo-BH: o descaso com o Maranhão tem o apoio do de Lula e seus seguidores

REYNALDO ROCHA

A barbárie a que assistimos estupefatos no feudo medieval da Famiglia Sarney é só parte da tragédia.
Muito já foi dito sobre as masmorras que Roseane Sarney ─ a rebenta que não admite ser interrompida quando fala e é aplaudida pelos “açeçores” quando ofende a inteligência do Brasil ─ entregou para ser administradas pelo sócio do próprio cunhado. Uma dolorosa repetição do que é feito há mais de 50 anos.


Ao Brasil cabe o espetáculo oferecido por Dilma e seus parceiros engajados no apoio a aliados e na perseguição a adversários. A tropa de choque inclui José Eduardo Cardozo e Maria do Rosário. De um lado, declarações absurdas. De outro, silêncio obsequioso.

Cardozo ouviu calado, e sem um mínimo de vergonha, as explicações sobre a raiz do problema do Maranhão: a riqueza do estado mais miserável da federação. Em meio à fala do ministro, assistiu a um chilique histérico da governadora, que nega estar no poder graças à família mafiosa. É governadora por ser Roseana, não Sarney. Ok.

Cardozo preferiu comparar o Maranhão a São Paulo e Santa Catarina. Não falou das cadeias do Rio Grande do Sul, onde Tarso Genro também ignora as pocilgas atulhadas de seres humanos. Os exemplos se restringem a estados governados pela oposição.

Onde estão os lulopetistas que SEMPRE acusam a direita raivosa de politizar qualquer discussão? Perdeu, cambada! Faz 50 anos que o “homem incomum” de Lula coleciona erros. O “maior ladrão do Brasil”, segundo o mesmo Lula, comanda e explora a capitania hereditária que é a verdadeira raiz do massacre.

A ministra Maria do Rosário, uma gaúcha sempre boquirrota, também perdeu a voz. Desde que creditou à oposição a onda de boatos sobre o fim do Bolsa-Família, Maria do Rosário tem economizado declarações. O Brasil agradece. Mas uma criança de 6 anos foi queimada viva. E a ministra dos Direitos Humanos continua muda.

Não se ouviu uma única palavra de apoio à mãe que perdeu a filha num atentado contra o mais básico dos direitos humanos: o direito à vida.

A ministra que defende a cracolândia e os black blocs, enquanto ataca as Polícia Militar de São Paulo, agora prefere somente observar um bandido de 17 anos ─ o Porca Preta ─ queimar uma menina, Ana Clara, que ainda brincava com bonecas.

Seria por coisas assim que Dilma afirmou que para ganhar eleições “se faz o diabo”? Foi isso que levou Gilberto Carvalho a avisar que o bicho iria pegar?

O silêncio respeitoso e a blindagem do aliado-mor José Sarney configuram um exemplo de covardia, conivência e apoio eleitoral.

Dilma diz “acompanhar com atenção” a barbárie no Maranhão (expressão minha: Ela NUNCA diria algo nesta linha sobre o Maranhão. Disse sobre a desocupação de Pinheirinho em SP, onde a PM seguiu uma ordem judicial e NINGUÉM morreu ou ficou internando em hospitais!).

Também não tentou consolar a mãe de Ana Clara, que também luta para continuar vivendo.

Seria uma afronta ao clã que venera. E evoca estados controlados por oposição onde crimes também aconteceram. NOTA: nenhum deles tem presídios administrados por sócios de cunhados, nem registrou decapitações de presos cujas cabeças serviram como bola num macabro jogo de futebol.

Que o povo maranhense saiba se livrar ─ ainda há tempo! ─ dos responsáveispor 50 anos de miséria, sordidez, covardia e cinismo. O restante do Brasil que avalie o que leva Cardozo a dizer asneiras, Rosário a se calar e Dilma a exaltar o aliado preferencial.

Que continuem aliados. Os brasileiros com vergonha na cara não podem esquecer Ana Clara, nem seus assassinos e cúmplices que se refestelam nos palácios.

Minha Casa Minha Vida= fraude, corrupção, imoveis em mau estado, destruição ambiental, falta de transparencia, uso promocional para obtenção de votos, etc...etc...etc...Parabéns SEDHAB!

08:37:31

Por Erich Decat

A fraude na lista de beneficiados é o problema mais comum encontrado no Minha Casa Minha Vida, segundo levantamento que leva em conta as investigações abertas pelo Ministério Público Federal sobre o programa habitacional que é bandeira eleitoral da presidente Dilma Rousseff
 
Desde o lançamento, em 2009, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, os procuradores abriram 224 procedimentos, dos quais 82 são sobre as fraudes de cadastro. ...
 
O segundo problema mais comum é a corrupção, como o pagamento indevido de vantagens a servidores públicos. Há 26 procedimentos abertos sobre o tema. 
 
A lista ainda inclui financiamentos irregulares, imóveis entregues em mau estado, questões ambientais, entre outros. Parte dos procedimentos virou ação civil pública. Ainda não há conclusão dos casos na Justiça.
 
O objetivo do Minha Casa Minha Vida é destinar habitação popular a famílias com renda de R$ 1.600 a R$ 5 mil. O Ministério das Cidades gere o programa. Com ajuda do Tesouro Nacional, a Caixa Econômica Federal financia a construção e a compra dos imóveis por parte das famílias. As prefeituras fazem o cadastro de possíveis beneficiados.
 
Transparência. Em Sergipe, a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Jane Rocha, afirma que no Estado não está sendo cumprida a determinação legal de se reservar ao menos 6% das moradias para pessoas com deficiência e idosos. "Aqui as reclamações são gerais. Não há transparência. Os sorteios funcionam assim: você vai no município, no conselho de habitação e lá só ficamos sabendo do resultado."
 
Após constatar possíveis desvios no processo de seleção dos beneficiados, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Ramiro Rockenbach, ingressou com uma ação civil em que pede que a União interrompa o repasse de recursos para quatro município: Aracaju, São Cristóvão, Lagarto e Itabaiana. "Temos denúncia de que está havendo todo tipo de direcionamento, de favores políticos. Com nossas ações na Justiça estamos insistindo em que é preciso reorganizar todo o processo", diz Rockenbach.
 
Numa denúncia apresentada em Roraima, uma associação de moradores do Bairro Planalto, em Porto Velho, estaria cobrando de forma ilegal uma taxa de inscrição aos postulantes.  

Servidores da Caixa em Brasília também são alvo de investigações devido à suspeita de receberem propina para a concessão de financiamentos habitacionais vinculados ao programa.
 
Eleições. As irregularidades também incluem o uso eleitoral do programa por políticos.
 
Em 15 de novembro passado, por exemplo, o Ministério Público passou a investigar um provável candidato a deputado estadual do Amazonas que estaria cadastrando irregularmente motoristas de caminhão e ônibus com a promessa de recebimento de casas do programa.
 
Há também suspeitas de desvios no Ceará, com favorecimento de pessoas ligadas a prefeituras e a partidos políticos.
 
Diante da possibilidade de o programa também ser utilizado como barganha por candidatos nas eleições gerais de 5 de outubro, o procurador regional eleitoral do Estado de Goiás, Ailton Benedito de Souza, se antecipou e encaminhou no final de dezembro do ano passado um ofício a todos os promotores eleitorais do Estado recomendando um acompanhamento da execução dos programas, ações e políticas públicas federais nos municípios goianos, com especial atenção ao Minha Casa Minha Vida.
 
"O uso promocional do programa, vendendo à população mais carente uma ilusão de que se trata de uma distribuição gratuita e farta de unidades habitacionais, revela-se assistencialismo nefasto, característico do patrimonialismo eleitoreiro, mesmo que antecipadamente ao período eleitoral legalmente previsto", afirma o procurador em trecho do documento.

Passageiros de voo da TAM retido por ameaça de bomba viajarão em outras aeronaves

18/01/2014 - 19h11
Mariana Branco

Repórter da Agência Brasil


Brasília - Os passageiros do voo JJ 3540 da TAM – que ficou retido no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, em razão de uma ameaça de bomba – serão acomodados em outras aeronaves para seguir viagem. De acordo com a companhia aérea, além da inspeção feita pela Polícia Federal, que não comprovou a ameaça, o avião passará por avaliação da própria empresa e por enquanto não será usado.

O voo saiu do aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, com destino a Boa Vista e escala em Manaus. Diante da ameaça, os passageiros desembarcaram na capital amazonense e a Polícia Federal vistoriou a aeronave. A PF informou que tomou todas as providências para garantir a segurança dos passageiros. Segundo a assessoria, foi feita uma vistoria "extremamente minuciosa" na aeronave e nada foi encontrado.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) suspendeu voos e decolagens no aeroporto de Manaus, que ficou inoperante de12h10 às 16h40, horário de Brasília. Às 18h40, o site da Infraero informava que cinco de 32 voos estavam atrasados no terminal, o equivalente a 15,6%.

Edição: Talita Cavalcante
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Página na internet sobre boicote a preços abusivos no Rio tem mais de 65 mil adeptos em 24 horas

18/01/2014 - 18h45

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – Uma página nas redes sociais chamada de Rio $urreal – Não Pague, criada na tarde de dessa sexta-feira (17), atingiu a marca de 65 mil curtidas em pouco mais de 24 horas. A ideia dos criadores é boicotar “preços extorsivos praticados por bares, restaurantes, lojas e ambulantes no Rio de Janeiro, cidade pré-olímpica”.

De acordo com o designer gráfico Flavio Soares, criador da iniciativa junto com as amigas Daniela Name e Andréa Cals, o objetivo não é criticar o real nem a política econômica e muito menos incentivar o calote, mas sim expor lugares que cobram preços abusivos, bem como divulgar lugares com valores mais razoáveis.

“Surgiu quase que como um reflexo natural, não foi uma coisa planejada por dias, meses. Na verdade a insatisfação tem anos e se agravou nesses últimos meses, esquentando as chuteiras para a Copa, tá todo mundo chutando os preços para o céu”, disse. “O que nós três concluímos é que a gente estava falando alguma coisa que já estava todo mundo chocado, foi algo natural [a repercussão imediata]”, completou.

Movimento apartidário, o Rio $urreal, por enquanto, tem colhido relatos e postado no Facebook. Mas, segundo Flavio, a ideia é unir pessoas interessadas em ver as coisas funcionando direito. “A gente ainda está sob o impacto da quantidade de adesões, do tamanho que a coisa está tomando. Certamente não vamos deixar isso cair no vazio, não é só reclamação. O primeiro objetivo é reclamar tanto que quem está praticando preços abusivos se toque, se constranja, se ilumine ou tenha medo de perder clientela e de fato abaixe os preços”, declarou.

Um prato de strogonoff a R$ 80, misto quente a R$ 30, banana com sorvete a R$ 31 e croissant a R$ 14 estão entre os preços postados na página. Nas praias, o serviço também subiu com o calor do verão. O advogado Maurício Mair, carioca, relata que tudo o que atrai o turista é hiperinflacionado nesta época do ano.

“Para quem vai à praia, até o aluguel de cadeira, o preço do refrigerante, a famosa caipirinha carioca. A gente fica indignado, o preço das coisas praticamente triplicam, dependendo do local onde você vai. Nos pontos turísticos você vê muita exploração do turista, ainda mais que, agora, está tendo uma procura maior por conta de ser a cidade da Copa”.

De acordo com ele, no ponto mais badalado de Ipanema, o Posto 9, na baixa temporada a caipirinha custa entre R$ 5 e R$ 7 e agora está de R$ 20 a R$ 25. Em novembro o coco custava R$ 4 e em dezembro passou para R$ 6. Primo de Mair, Roberto Lima dos Santos trouxe a família de Porto Alegre para conhecer o Rio e se espantou com os preços. Ele defende uma campanha para melhorar a situação.

“O sul tem Gramado e Canela, tem a Serra Gaúcha, o Vale dos Vinhedos, diversos shows, e eu digo para ti que a proporção [do abuso nos preços] é menor. Eu acho que há necessidade de uma campanha de conscientização governamental com o comércio local, em qualquer cidade do país, mas principalmente nas cidades maiores, que contribua para que o turismo cresça e se desenvolva cada vez mais, sempre com a consciência ecológica, claro”.

Entre os postos 9 e 10 da Praia de Ipanema, os preços estão, em média, R$ 7 o aluguel de cadeira ou de guarda-sol e R$ 5 o coco. Mas, procurando um pouco, é possível achar mais barato. Dono de uma barraca há 15 anos, Jorge Luiz da Silva diz que pratica a mesma política de preço de quando começou, sem inflação no aluguel de cadeira e guarda-sol, mesmo com o aumento no verão.

“Do início do horário de verão até o dia 1º de abril a cadeira é R$ 3 e o guarda-sol é R$ 4, de 2 de abril até o fim do horário normal a cadeira é R$ 2 e o guarda-sol é R$ 3. As únicas coisas que a gente não consegue controlar e repassa o aumento é na bebida, porque chega o verão e a gente também sofre com a máfia do gelo, sofre com a máfia do coco”, disse.

Silva relata que o saco de 20 quilos de gelo custa normalmente R$ 7 e passa para R$ 12 no verão, chegando a R$ 20 em datas festivas como Natal, ano-novo e carnaval. “Eu uso uma média de 25 sacos por dia, imagina como aumenta o custo disso”, ressaltou.

Edição: Aécio Amado
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