segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

País do descontrole, da falta de fiscalização, da bagunça!Da IMPUNIDADE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Minha casa invadida

Minha casa, meu drama
Correio Braziliense - 07/11/2013

As 150 casas de bairro criado em Planaltina de Goiás para receber beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida sofrem a ação de invasores. A ocupação ilegal começou mesmo com os imóveis inacabados

Famílias sendo arrancadas à força de casa por bandidos. Pessoas que se dizem donas dos imóveis expulsando gente à bala. Portas arrombadas, cadeados e cachorros para garantir a posse. Recados pintados na fachada com alertas intimidadores. Roubos de água e de energia elétrica. Tudo em meio ao cerrado, sem asfalto, sem esgoto canalizado e sem iluminação nas ruas enlameadas pelas chuvas. Um bairro criado para abrigar beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida tem cenas de faroeste.

Há pouco mais de um mês, pessoas de todos os cantos do DF e do Entorno começaram a ocupar e a disputar as edificações, ainda em construção, no Jardim das Palmeiras 2, periferia de Planaltina de Goiás, a 40km de Brasília. Ninguém pagou nem paga por nada e há quem anuncie a venda daquilo que não lhe pertence, erguido com dinheiro público.

A invasão das 150 casas inacabadas teve início em 3 de outubro. Em duas semanas, todos os imóveis estavam ocupados. Foram levantados por duas construtoras, com R$ 5 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF). Cada um tem 39 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Mas faltavam piso, pias e vaso sanitário, além de instalações de energia e de água.

Ameaças de morte

Os invasores têm feito todo tipo de gambiarra. Puxam a eletricidade diretamente da rede pública, erguida nos postes das quatro ruas do bairro, ainda sem as lâmpadas de iluminação das vias. Para ter água em casa, emendam canos à rede da companhia goiana de abastecimento, a Saneago. E, como ainda não há esgoto, furam fossa no quintal. Há cerca de 40 casas ocupadas por inscritos em duas cooperativas organizadas para receber as residências por meio do Minha Casa, Minha Vida (leia Para saber mais). Elas teriam decidido entrar nas residências quando se espalhou a notícia da invasão.

Ana Lúcia dos Santos, 35 anos, diz ser uma das pretensas beneficiárias do programa do governo. Alega que quem está cadastrada é a mãe, Tereza Barbosa dos Santos, 56. “Como ela tem onde morar, combinamos que, quando a casa fosse entregue, ela ficaria comigo ou com uma das minhas duas irmãs. Aí, quando soube que elas estavam sendo invadidas, viemos correndo”, conta a desempregada, mãe de dois adolescentes e duas crianças. Ana Lúcia mandou o filho pintar na fachada a mensagem: “Esta casa tem dono”.

Recados parecidos aparecem na frente de pelo menos 20 imóveis. Há quem ameace até matar, caso o cadeado seja arrombado. Invasora declarada, Smênia Medeiros da Silva, 35 anos, promete “muita briga” se alguém pedir para ela sair da casa ocupada há 15 dias, a segunda na qual ela e quatro dos cinco filhos se instalaram. Primeiro, a família entrou em uma residência sem construções vizinhas. “A dona (suposta beneficiária do Minha Casa, Minha Vida) falou que eu poderia ficar lá, pois a localização era muito ruim. Bastava eu pagar as prestações. Mas não gostei do lugar porque era muito isolado”, conta.

Smênia fez “gato” na energia elétrica e na rede de água. Também instalou as pias do banheiro e da cozinha, além do vaso sanitário. “Essa casa devia ter um dono, mas, agora, é minha. Tenho família”, afirma ela, que ganha uma pensão vitalícia de R$ 678, mais R$ 244 referentes ao Bolsa Família, programa do governo federal.

Tiros na rua

Smênia mora ao lado de uma casa sem as duas portas de acesso e toda pichada com imagens de revólveres. Ela e os vizinhos dizem que o imóvel foi invadido em 3 de outubro por um homem que costumava dar tiros na rua. “Aí, um dia, apareceu outro, que diz ser o dono da casa, e jogou na rua os móveis do invasor. Estamos esperando para ver o fim dessa história”, comenta a invasora.

As casas são oferecidas por meio de placas e no boca a boca. “Tem gente que pede até R$ 500, pois invadiu só para ganhar dinheiro”, revela a desempregada Maria de Lurdes Oliveira, 47 anos, três filhos. Além dos R$ 200 da pensão de um dos filhos, mais os R$ 130 do Bolsa Escola, ela ganha trocados com a venda de sorvete e de açaí, anunciados na frente da nova casa, ao lado do recado “Tem dono”.


sábado, 28 de dezembro de 2013


Cegueira administrativa 'GDF'

Em Brasília, com a chegada das festas de final de ano e o inicio do período de férias escolares a cidade fica sem uma boa parte da população que acaba viajando, inclusive as autoridades. Nesta época do ano os pedreiros não ficam sem trabalho. O motivo é que com a falta de fiscalização nas obras da cidade esses profissionais são recrutados para trabalhar em várias obras irregulares. 
A exemplo disso são obras na região administrativa de Vicente Pires que colocam em risco a vida da população, principalmente no período das chuvas. Na rua 05 Chácara 121 lote 01 (Condomínio Porto do Sol) um empresário ergueu um prédio com mais de 20 apartamentos sem autorização para obra, e não satisfeito ainda estava construindo uma fossa em plena área pública, colocando em risco todo o abastecimento de água potável da região.
Tudo isso sem contar o lixo acumulado das festas natalinas que estão emporcalhando a cidade. 
Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Remoção de invasores no fim de semana


Deverá ocorrer a partir de hoje a remoção da invasão instalada atrás do
Congresso, que já chegou a ter mais de 100 barracos. O administrador regional
de Brasília, Messias de Souza (foto), chegou até o governador Agnelo Queiroz
no esforço para a retirada dos ocupantes. A favela é considerada um problema
urbano de peso, inclusive por se expandir de forma desordenada. Os
moradores terão para onde ir.


Resistência

Fica o registro de que a demora na remoção se deveu à resistência da Secretaria de Desenvolvimento Social. Pelo jeito, a turma de lá gosta de acirrar as contradições com a burguesia

Jornal de Brasilia 28 de dezembro de 2013

31/12/2013 - 03h40

Morre jovem que invadiu e ocupou imóvel do programa Minha Casa, Minha Vida


MÁRIO BITTENCOURT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VITÓRIA DA CONQUISTA (BA)

Ouvir o texto
A disputa por imóveis não ocupados do Minha Casa, Minha Vida, entregues pela presidente Dilma Rousseff, acabou em morte ontem em Vitória da Conquista (BA).

As casas, apesar de entregues pela presidente em 15 de outubro, estavam vazias e foram invadidas no último final de semana por beneficiários à espera de um imóvel pelo programa federal.
Ao menos 49 casas foram ocupadas por invasores, segundo a Caixa Econômica Federal, administradora do Minha Casa, Minha Vida.

A vítima, o desempregado Alan Souza Damasceno Lima, 21, tinha invadido um imóvel do condomínio Pau Brasil, segundo informações repassadas pela polícia.

O crime ocorreu por volta das 14h30 (horário de Brasília), quando o suposto dono do imóvel ocupado por Lima foi até a residência tentar fazer com que ele saísse.

Houve uma discussão, seguida de agressões verbais. O homem sacou uma arma e disparou cinco vezes contra Lima. A vítima ainda tentou fugir, mas acabou morrendo. Ainda segundo a polícia, o criminoso fugiu a pé e depois pegou carona em uma moto. 

Manifestantes têm protestado contra beneficiários que receberam de Dilma as chaves das casas em outubro, mas não se mudaram.

Os manifestantes afirmam que 250 casas do condomínio, que tem 1.750 no total, estão sem morador. Procurada, a Caixa não soube informar o total de imóveis vazios. 

No último sábado, os ocupantes chegaram a colocar fogo em móveis velhos numa rodovia em frente ao condomínio. Algumas casas foram alvo de vândalos, que levaram pias e outros objetos das casas vazias.

Em novembro, foram realizados protestos contra a precariedade dos imóveis. Em um deles, um ônibus foi queimado por manifestantes.

O superintendente da Caixa Econômica Federal, José Ronaldo Cunha Maia, esteve no local ontem e deu prazo para que os ocupantes deixem os imóveis até 15 de janeiro, de forma pacífica.

"Das 49 casas ocupadas, pelo menos 15 estavam em processo de regularização para as pessoas mudarem. O prazo para mudança é de um mês", disse Maia. "Se não ocupar, a gente entra com processo para rescisão do contrato." 

De acordo com o superintendente, 95% dos ocupantes irão passar por uma atualização do cadastro na Prefeitura de Vitória da Conquista para receber uma casa do programa Minha Casa, Minha Vida. "A orientação para os donos dos imóveis que foram ocupados é que eles procurem a Polícia Civil e registrem uma queixa", afirmou.





Vamos continuar fazendo pressão!

 

 Prezados,

 

Graças à pressão exercida pelos amigos do Park Way conseguimos adiar para 2014 a aprovação da LUOS-Lei de Uso e Ocupação do Solo.

 

Como voces estão cientes a LUOS contem um Artigo que regulariza a implantação de comercio DENTRO dos condominios do Park Way.

 

Em 2014 teremos de continuar fazendo pressão para que os Distritais, juntamente com a SEDHAB e a Terracap  não coloquem em risco nossa qualidade de vida e a dos moradores do DF!


Principais itens ficam para 2014

5:31:17

Em 2013, a Câmara Legislativa aprovou mais de 350 projetos de lei, mas a pressão popular e a falta de clareza levaram os distritais a suspenderem a definição sobre o PPCub e a Luos, que tratam da ocupação do solo em todo o Distrito Federal

O plenário da assembleia candanga votou e aprovou muitos projetos, mas recuou naqueles que seriam os mais impactantes para todo o DF
O ano da Câmara Legislativa do Distrito Federal ficou marcado mais pelo que não foi votado do que pelo que foi aprovado pelos distritais. O Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) e a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), duas matérias de maior interesse do Poder Executivo e da cidade, não tramitaram na Casa. A polêmica entre especialistas e a sociedade em geral e o fato de um deles ter sido contestado judicialmente levaram os deputados a manter os assuntos fora da pauta, desobedecendo inclusive a uma orientação do Palácio do Buriti. ...
Audiência pública sobre o PPCuB: entidades se uniram para evitar a tramitação do projeto neste ano


Os parlamentares também reclamaram do pouco tempo disponível para a discussão dos temas. Os dois projetos de lei começaram a ser elaborados ainda no início do governo Agnelo Queiroz (PT), em 2011, pela Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab). Mas as propostas sobre o uso e ocupação do solo na maior parte da capital federal só foram enviadas ao Legislativo no fim de 2012. O PPCub já vinha sofrendo críticas do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) por prever alguns itens polêmicos, que mais tarde seriam pontos de discórdia junto a entidades de arquitetura, urbanismo e proteção do patrimônio.

Em março de 2013, a eleição da Comissão de Assuntos Fundiários da Câmara Legislativa provocou contrariedade no Palácio do Buriti. Insatisfeito com a escolha de Cristiano Araújo (PTB) para a presidência do colegiado temático, o GDF decidiu retirar o PPCub e a Luos da pauta. “Isso foi muito prejudicial. O trabalho que já tínhamos feito, como audiências públicas, foi jogado por terra, já que não sabíamos como os projetos voltariam para a Casa”, reclama um distrital. As propostas só foram enviadas de volta no fim de setembro, com orientação para serem votadas até dezembro.

Reação negativa
Nessa época, entidades, como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e o Instituto Histórico e Geográfico do DF (IHG-DF), já tinham se levantado contra a tramitação do PPCub. A arquiteta e urbanista Vera Ramos, integrante do IHG-DF, fez um estudo detalhado da proposta com base em itens apontados como preocupantes pelo MPDFT. Entre eles, estavam a previsão de parcelamento do canteiro central da porção oeste do Eixo Monumental, a criação de um novo setor habitacional ao lado da antiga Rodoferroviária, a liberação da Superquadra 500 do Sudoeste e a possibilidade de concessão de áreas públicas para a iniciativa privada no Plano Piloto e nas demais cidades da área tombada.

“A reação foi muito forte e não tínhamos como avançar na discussão para forçar uma votação ainda em 2013. Acabamos optando por adiar a apreciação”, explica o petista Cláudio Abrantes, relator do PPCub na Comissão de Assuntos Fundiários. Robério Negreiros (PMDB), relator das duas matérias na Comissão de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, diz que os distritais mandaram os dois casos para 2014 por causa da importância e da complexidade. “Não tínhamos conhecimento suficiente para votar rapidamente este ano. É o futuro da cidade que está em jogo. Sabemos que precisamos das leis, mas precisamos superar todas as dúvidas em torno delas”, ressalta.


"A reação foi muito forte e não tínhamos como avançar na discussão para forçar uma votação ainda em 2013. Acabamos optando por adiar a apreciação.”

Cláudio Abrantes, deputado distrital pelo PT


“Não tínhamos conhecimento suficiente para votar rapidamente este ano. É o futuro da cidade que está em jogo. Sabemos que precisamos das leis, mas precisamos superar todas as dúvidas.”

Robério Negreiros, deputado distrital pelo PMDB


Aprovados em 2013

» Projetos de lei  -  265
» Propostas de emendas à Lei Orgânica  -  10
» Projetos de leis complementares  -  17
» Projetos de decretos legislativos  -  51
» Requerimentos  -  135
» Moções  -  128
» Projetos de resolução  -  7
Fonte: Almiro Marcos - Correio Braziliense - 29/12/2013
Blog do Sombra

Vamos para as ruas!

Vamos para as ruas!

Economist mostra que 65 países têm grandes riscos de protestos em 2014

13:09:45

Brasil está entre os países classificados com 'alto risco' de revoltas populares em 2014

Uma pesquisa da Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de análise filiada à revista Economist, indica que 65 de 150 países analisados têm grandes riscos de presenciarem revoltas populares em 2014. Comparado com dados de cinco anos atrás, 19 países foram acrescentados à lista de potenciais barris de pólvora. O Brasil consta nos países de "alto risco", num ranking com cinco categorias que vão de "baixíssimo risco, passando por "baixo risco","risco médio","alto risco" até "altíssimo risco". Nesta última categoria, entre os países latinos, constam Argentina e Bolívia. ...

Um reboliço social, amparado especialmente pela classe média, vem acontecendo em várias regiões do mundo. As razões para os protestos variam. Alguns são respostas diretas às dificuldades econômicas, como na Grécia e na Espanha. Outros são revoltas contra governos opressores, especialmente no Oriente Médio. Um número deles também expressa as aspirações de novas classes médias nos mercados emergentes de rápido crescimento, como na Turquia e no Brasil. Apesar disso, todos compartilham algumas características.

O pano de fundo comum é a crise financeira de 2008 e 2009 e suas consequências. A aflição econômica é quase uma condição necessária para a grave instabilidade social ou política, mas não é suficiente para explicar o que vem acontecendo. O declínio nos rendimentos e a alta taxa de desemprego nem sempre são seguidos por agitação. Só quando o problema econômico é acompanhado por outros elementos de vulnerabilidade é que a agitação se manifesta. Tais fatores incluem grande desigualdade de renda, baixos níveis de provisão social, tensões étnicas e um histórico de distúrbios. De particular importância nos distúrbios dos últimos tempos parece ter sido uma erosão da confiança nos governos e instituições: uma crise da democracia.
A pesquisa revela as regiões que aparecem com risco alto ou muito alto de protestos: 12 dos 18 países do Oriente Médio e do Norte da África, seis dos sete países dos Balcãs; oito dos 12 estados dos antigos países soviéticos, e ainda cinco dos seis países do sul da Europa. Mais de 40% dos países da Europa Oriental estão nas categorias de alto risco. Esta região foi duramente atingida pela crise financeira e também tem muitas das características subjacentes associadas à instabilidade. Sem surpresa, muitos países de alto risco estão na África Subsaariana. Mas há também alguns na América Latina e Ásia- incluindo o maior mercado mundial e o emergente mais bem sucedido, a China, onde as autoridades estão constantemente nervosas sobre o risco de protestos em massa.
Fonte: Blog do Sombra- FENAPEF com informações The Economist - 30/12/2013

Cura "gay".

Psicólogos e psicopatas
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 2 de julho de 2012
 

Não creio que a atração erótica entre pessoas do mesmo sexo seja antinatural e não vejo mesmo nenhum motivo, em princípio, para classificá-la como doença. Também é fato que o termo “homossexualismo” não corresponde a um fenômeno homogêneo e sim a uma variedade de impulsos, desejos e comportamentos, numa gama que vai desde a repulsa ao outro sexo até a completa identificação com ele. Se na linguagem da propaganda condutas tão díspares são reduzidas artificialmente à unidade de símbolos ideológicos, com valores opostos conforme as preferências de quem os use, isso não é motivo para que os profissionais da saúde mental se deixem levar por idêntica histeria semântica e, violando a regra mais básica da técnica lógica, tirem conclusões unívocas de termos equívocos.

Resta, ademais, um fato incontornável: como toda e qualquer outra conduta sexual humana, o homossexualismo, em toda a diversidade das condutas que o termo encobre, nem sempre emana de um desejo sexual genuíno. Pode, em muitos casos, ser uma camuflagem, uma válvula de escape para conflitos emocionais de outra ordem, até mesmo alheios à vida sexual. É possível e obrigatório, nesse caso, falar de falso homossexualismo, de homossexualismo neurótico ou mesmo psicótico, para distingui-lo do homossexualismo normal, nascido de um autêntico e direto impulso erótico.

A proibição de dar tratamento psicológico a pacientes que sintam desconforto com a sua vida homossexual resulta num impedimento legal de distinguir entre esses dois tipos de conduta especificamente diferentes, entre o mero impulso sexual e a sintomatologia neurótica, equalizando, portanto, homossexualismo e doença.

Por outro lado, essa diferença, em cada caso concreto, não pode ser estabelecida a priori, mas só se revela no curso da psicoterapia mesma. É previsível que, uma vez removido o conflito profundo, o interesse pela prática homossexual diminuirá ou desaparecerá nos portadores de homossexualismo neurótico, ao passo que os homossexuais normais continuarão a sê-lo como antes.

A proibição de distingui-los resulta, portanto, em encobrir a neurose sob uma carapaça de proteção legal, fazendo do Estado o guardião da doença em vez de guardião da saúde.

A proposta de consagrar aquela proibição em lei revela, nos seus autores, a incapacidade de fazer distinções clínicas elementares, e esta incapacidade, por sua vez, nos dá a prova incontestável de uma incultura científica e de uma inépcia profissional suficientes para justificar que essas pessoas sejam excluídas da corporação dos psicólogos. A autoridade desses indivíduos para opinar em questões de psicologia é, rigorosamente, nenhuma.

Porém há ainda algo de mais grave. A proposta da proibição acima mencionada vem no contexto de um movimento criado para proibir e punir como “crime de homofobia” toda opinião adversa à conduta homosexual, independentemente da linguagem serena ou inflamada, polida ou impolida, racional ou irracional com que essa opinião se expresse. Pareceres científicos, juízos filosóficos e ensinamentos doutrinais das religiões são assim nivelados, como delitos, aos insultos mais grosseiros e às manifestações mais ostensivas de preconceito e discriminação.

Com toda a evidência, nenhuma palavra contra a conduta homosexual neurótica ou sã será permitida.

Ao longo de toda a História, nenhuma outra conduta humana gozou jamais de tão vasto privilégio, de tão abrangente proteção. Nenhuma esteve jamais imunizada por lei contra a possibilidade de críticas. Não o é, por exemplo, nenhuma conduta política. Não o é nenhuma qualidade humana, por mais excelsa e respeitável. Não o é a genialidade artística ou científica, a honestidade impoluta ou mesmo a santidade. Não o é a vida pública ou privada de quem quer que seja. Não o é nem mesmo a conduta usual de um casal heterossexual, freqüentemente criticada como sintoma de trivialidade e falta de imaginação. Não o é, por fim, o próprio Deus, contra o qual se dizem e se escrevem, livremente e sem medo de punição, toda sorte de barbaridades.

A proteção legal que se reivindica para o homossexualismo é tão claramente megalômana, tão desproporcional com os direitos de todas as demais pessoas e grupos, que resultará em fazer dessa conduta um domínio – o único domínio – separado da vida e superior a ela, intocável, inacessível às opiniões humanas.

A proposta é tão inequivocamente demencial que o simples fato de que a mídia e o Parlamento cheguem a discuti-la a sério já é prova de que boa parte da sociedade – justamente a parte mais falante e ativa – perdeu o senso inato da distinção não só entre o normal e o patológico, mas entre realidade e fantasia.

Segundo o grande psiquiatra polonês Andrzei Lobaczewski (v. Political Ponerology, 2007), isso acontece justamente quando os postos de liderança estão repletos de personalidades psicopáticas, as quais, com suas ações temerárias e sua fria insensibilidade às emoções normais humanas, acabam, quando triunfantes, por espalhar na população em geral um estado de confusão atônita, de falta de discernimento e, no fim das contas, de estupidez moral.

Homossexuais podem ser pessoas normais e saudáveis? É claro que podem. Mas o que leva alguém a defender mutações jurídico-políticas tão monstruosas quanto aquelas aqui mencionadas não é nenhum impulso sexual, seja homo, seja hetero. É a psicopatia pura e simples. Mais que incompetentes e indignos de exercer a profissão de psicólogos, os apóstolos de tais medidas são mentes deformadas, perigosas, destrutivas, cuja presença nos altos postos é promessa segura de danos e sofrimentos para toda a população.





Rir faz muito bem...

Charge

 

Estado de Minas

Tributo à inoperância.

Tributo à inoperância-Ari Cunha

Correio Braziliense


                          

          Ninguém pode contestar a importância dos impostos para a sobrevivência do Estado. A própria realidade dessa entidade jurídica que reúne nação, território e governo, é atribuída ao poder de financiamento com origem nos tributos. Quanto mais organizados os serviços de arrecadação mais desenvolvido e   próspero é o Estado. Além da coleta e da distribuição racional dos recursos a fiscalização faz-se necessária. 

     O aparecimento e formação das primeiras civilizações deu-se ao mesmo tempo em que foram se aperfeiçoando os sistemas de coleta de tributos. Se a origem dos impostos se perde na névoa dos tempos, a adoção de critérios mais “justos” quanto a destinação da riqueza arrecadada ou seja seu investimento na própria sociedade só se verificou após períodos de depressão econômica. 

       O nascimento do chamado welfare state ou Estado previdenciário em que a organização política e econômica do Estado é posta a serviço do bem-estar da sociedade é fato recente e exemplo seguido em grande parte do Ocidente. À noção de bem-estar social liga-se diretamente ao conceito de direitos sociais e à concepção de dignidade humana e direito a uma vida saudável e feliz. Dessa forma é comum que logo no preâmbulo das constituições de países democráticos, o indivíduo seja destacado como foco principal das ações do Estado. 

       A saúde, segurança, educação, transporte e outros direitos civis passam a se constituir preocupação primeira do Estado. Por outro lado, o welfare state no Brasil , existe , ainda, apenas na intenção do legislador e na letra impressa em nossa Carta Magna. Se tomarmos como resultante das ações do welfare state o Índice de Desenvolvimento Humano ou IDH que é utilizado pela ONU para analisar a qualidade de vida da população, com itens como escolaridade, renda, nível de saúde e outros, o que se constata, logo de saída, é que o Estado Brasileiro ainda está bem longe de um nível minimamente aceitável de bem-estar de sua população. 

       Ocupando a 85ª posição entre 187 países, atrás de países como a Azerbaijão,(!!!) o Brasil é um bom laboratório de pesquisa para os analistas do assunto. Diante de realidade como esta, fica até embaraçoso explicar que o mesmo governo que se gaba de haver arrecadado mais de R$ 1 trilhão em apenas 11 meses governa uma população que trabalha quase meio ano só para quitar dívidas com a Receita Federal. E mais. 

       Depois disso, a posição no IDH perante o mundo não mostra o que deveria ser matematicamente ou logicamente. É que corrupção não é nem ciências nem exatas. O mais incrível nesta história é que o nosso Fisco não cora de vergonha. Pelo contrário, espalha o orgulho   que sente com os altos índices de recolhimento de impostos. 

       A respeito do assunto, é bom que as autoridades abram logo os livros de história do Brasil, no capítulo que trata sobre as relações econômicas entre a colônia e metrópole, e comecem a repensar , o quanto antes, o atual modelo fiscal. Caso contrário   Inconfidências e Conjurações   poderão ressurgir das cinzas. 

T de teimosos (ou de Tolos?)

T de teimosos

         
      De repente ficamos sem borboletas. As abelhas desapareceram. O que era milho já não é mais. Qualquer pacotinho de derivados do milho é possível ver a marca T   ,do transgênico. A mesma coisa com produtos da soja. Mais herbicidas e mais culturas geneticamente modificadas para tolerar os herbicidas. Produtos químicos que solucionariam alguns problemas trouxeram dezenas de outros na composição. As políticas do governo são atabalhoadas, sem planejamento. Basta ver a falta de fiscalização na agricultura.
      Estímulo ao uso do agrotóxico e da monocultura. Flavia Londres, engenheira agrônoma pela USP mostra em pesquisa que o “governo federal concede redução de 60% da alíquota de cobrança do ICMS a todos os agrotóxicos e isenta completamente de IPI, PIS/Pasep e Cofins os agrotóxicos fabricados a partir de uma lista de dezenas de ingredientes ativos (incluindo alguns altamente perigosos como o metamidofos e o endossulfam, que recentemente tiveram o banimento determinado pela ANVISA)".
      Enquanto isso,   em nossas casas de alguma forma fazemos o mesmo. “Limpamos o terreno” impondo um asseio quase que maníaco aos jardins.   Ervas   daninhas e folhas mortas são retiradas organizando o que deveria ser naturalmente uma confusão orgânica necessária à natureza. Desdenhamos os matos comestíveis como a azedinha, serralha, picão, dente de leão, cactáceas, caruru (parente da fashion quinoa). Nada a ver com o Natal?   Tem sim. O mundo recusa o que é dado de graça e pela Graça. (Circe Cunha) 
Ari Cunha- Correio Braziliense

Criminalidade fora de controle!Presidios prometidos NUNCA foram concluidos!

Quadrilhas recrutam adolescentes para cometerem crimes no DF  

Diante da falta de vagas nos centros de internação do Entorno, quadrilhas recrutam adolescentes dos municípios vizinhos para cometer roubos, sequestros e homicídios na capital. Lei obriga que os infratores cumpram pena mais perto de casa

Saulo Araújo
Publicação:Correio Braziliense:  30/12/2013 07:05 

Estrutura precária: a Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), em Luziânia, tem apenas dois agentes para investigar delitos e buscar testemunhas (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 11/12/13 )
Estrutura precária: a Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), em Luziânia, tem apenas dois agentes para investigar delitos e buscar testemunhas

A falta de vagas para manter os adolescentes infratores internados no Entorno não é um problema limitado à região vizinha ao Distrito Federal. Com a certeza da impunidade nas cidades goianas, jovens em conflito com a lei passaram a ser usados por quadrilhas para roubar carros, traficar e até cometer assassinatos. Eles assumem a linha de frente nos crimes por saberem que, caso sejam apreendidos, dificilmente cumprirão medida socioeducativa em regime fechado.

Há dois dias, o Correio mostra, por meio da série Jovens sem lei, o caos instalado nesses municípios goianos. De cada 10 adolescentes recolhidos pela polícia — e que a Justiça entende ser necessária a internação—, apenas três são encaminhados, de fato, aos estabelecimentos prisionais construídos exclusivamente para eles. O problema decorre da falta de vagas nos dois centros da região. O Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Luziânia, há um ano, opera com restrições. Uma decisão judicial determinou que o local reduzisse de 60 para 20 a capacidade em virtude de uma reforma promovida pelo estado no prédio. A obra extrapolou o prazo. Já o centro de Formosa está sobrecarregado.


Os jovens integrantes de organizações criminosas do Entorno recrutados para promover crimes no DF sabem que, mesmo apreendidos em solo brasiliense, serão recambiados para as suas cidades de origem. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) defende que eles devem ser internados no local mais próximo da sua residência (leia O que diz a lei).

Os promotores da Infância e Juventude do DF, todos os meses, encaminham à Justiça goiana processos de menores de 18 anos acusados de roubos, sequestros, tráfico e assassinatos em Brasília para que as medidas sejam executadas no Entorno (veja fac-símile). Foram mais de 40 só em 2013. “É enorme a quantidade de adolescentes que saem das cidades goianas em busca de bens materiais dos moradores da capital”, frisou o promotor Renato Varalda.

Enquanto isso, no DF: 

Domingo violento (29/12/2013) tem quatro assassinatos em 14 horas no Distrito Federal Os crimes ocorreram em Taguatinga, Recanto das Emas, Sobradinho e Guará


Correio Braziliense- Publicação: 30/12/2013 10:06 Atualização: 30/12/2013 10:12
 

A Polícia Civil registrou pelo menos quatro homicídios no domingo (29/12) em um período de 14 horas. Os crimes ocorreram em Taguatinga, Recanto das Emas, Sobradinho e Guará.

Em Taguatinga Sul, uma mulher de 49 anos foi atingida por um tiro quando saía de de uma clínica na CSE 6 com o marido e dois filhos. Por volta da 0h30, a vítima foi alvejada durante um assalto praticado por três bandidos. A mulher foi levada com vida para um hospital particular, mas não resistiu ao ferimento. O caso foi registrado na 21ª DP e ninguém foi preso.

Mais tarde, por volta das 8h50 o corpo de um homem foi encontrado na DF-180, próximo à entrada da Embrapa, no Recanto das Emas. A polícia ainda não identificou o rapaz que morreu a tiros. A 27ª DP investiga o crime.


Na Quadra 10 de Sobradinho I, um homem de 39 anos foi morto a tiros na rua por volta das 14h20. A vítima morreu no local. O caso foi registrado na 13ª DP.

Outro assassinato foi registrado na QE 38 do Guará II por volta das 14h30. Um homem de 23 anos foi atingido. Ele também morreu no local do crime. A 4ª DP investiga o crime.

 83.500 vagas foram prometidas em presídios, mas nenhuma entregue  

A detenção dos mensaleiros trouxe à tona o problema da superlotação nas penitenciárias do país. Só na gestão petista, o governo federal lançou dois planos para construção de presídios, sendo o último em 2011. Nada foi concluído


Renata Mariz
Publicação: Correio Braziliense 30/12/2013 07:02 Atualização:

Presos amontoados em Formosa (GO): faltam 240 mil vagas no sistema penitenciário (Carlos Vieira/CB/D.A Press - 7/11/07)
Presos amontoados em Formosa (GO): faltam 240 mil vagas no sistema penitenciário

A presença de visitantes ilustres, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado federal José Genoino, descortinou o mundo caótico do sistema prisional no Brasil, conhecido bem só pelos profissionais que nele trabalham ou quem o estuda. Quando os primeiros mensaleiros foram presos no Complexo Penitenciário da Papuda, advogados se apressaram em bradar as ilegalidades. A primeira delas, alocar detentos de regime semiaberto em unidade fechada, evidencia uma das principais mazelas do setor: a falta de 240 mil vagas para abrigar 548 mil apenados. O problema da superlotação poderia ser menor caso o governo federal, chefiado nos últimos 11 anos pelo partido dos detentos mais célebres do caso, tivesse cumprido os dois planos lançados para a área carcerária, com a promessa de 83,5 mil vagas. Desse total, nenhuma foi entregue até agora.


O levantamento das promessas para o sistema prisional faz parte de um balanço que o Correio publica hoje e amanhã sobre o tema. A primeira investida no setor foi dada ainda pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No bojo do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), ele incluiu a abertura de 41 mil vagas em unidades de jovens e adultos. A ideia era separar os presos por idade, crime cometido, periculosidade, reincidência. Nada foi criado e a tal separação, imprescindível para uma boa gestão do sistema, só é cumprida, hoje, por cerca de 30% dos estabelecimentos prisionais do país, de acordo com pesquisa feita pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Lula passou o bastão para a atual presidente, Dilma Rousseff, que reembalou a promessa em 2011, falando em 42,5 mil vagas para mulheres e presos provisórios. Por enquanto, nada saiu do papel.

As 32 mil vagas que surgiram no período das promessas presidenciais não cumpridas, de 2008 para cá, foram criadas pelos estados, que têm responsabilidade sobre a questão penitenciária. O fato de nada do que foi anunciado em 2011 pelo governo federal ter sido entregue, segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça, tem a ver com a complexidade do processo de contratação das obras. Em nota, o órgão afirma que é “preciso o estado elaborar o projeto, o Depen e a Caixa (Econômica Federal), na condição de mandatária da União, precisam aprová-lo (obedecendo a legislação pertinente), o estado precisa dar início ao processo licitatório, e assim por diante”. O Depen acrescentou que há cinco obras iniciadas no Ceará, Sergipe e Goiás, totalizando 1.790 vagas. Outros quatro projetos já foram licitados e os demais estão em fase inicial de análise.

A moral do Brasil

 A moral do Brasil
Olavo de Carvalho
Diario do Comercio
17 de dezembro de 2013
 
 
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Se não atentamos para os discursos, mas para as escolhas reais que as pessoas fa zem na vida, não é preciso observar muito para notar que os indivíduos que nos governam, bem como os seus porta-vozes na mídia e nas universidades, não passam do terceiro estágio, o mais baixo da moralidade convencional, em que a identidade, a coesão e a solidariedade interna do grupo prevalecem sobre a ordem social, as leis, os direitos dos adversários e quaisquer valores universais que se possa conceber (e que desde esse nível de consciência são mesmo inconcebíveis, embora nada impeça que sua linguagem seja macaqueada como camuflagem dos desejos do grupo).
 
Duas condutas típicas atestam-no acima de qualquer dúvida possível. De um lado, a mobilização instantânea e geral em favor dos condenados do Mensalão. O instinto de autodefesa grupal predominou aí de maneira tão ostensiva e tão pública sobre as exigências da lei e da ordem, que até pessoas identificadas ideologicamente ao partido governante se sentiram escandalizadas diante dessa conduta.
 
De outro lado, não havendo nenhum movimento político "de direita" que se oponha ao grupo dominante, este dirige seus ataques contra meros indivíduos e movimentos de opinião sem a menor expressão política, fingindo e depois até sentindo ver neles uma ameaça eleitoral ou o perigo de um golpe de Estado. Aí o instinto de autodefesa grupal assume as dimensões de uma fantasia persecutória que se traduz na necessidade de calar por todos os meios qualquer voz divergente, por mais débil e apolítica que seja.
 
Também não é preciso nenhum estudo especial para mostrar que essa conduta, normal na adolescência, quando a solidariedade do grupo é uma etapa indispensável na consolidação da identidade pessoal, não é de maneira alguma aceitável em cidadãos adultos investidos de prestígio, autoridade e poder de mando. Aí ela passa a caracterizar precisamente a associação mafiosa, a solidariedade no crime.
 
É evidente que, numa sociedade onde essa é a mentalidade do grupo dominante, os níveis superiores de consciência moral (pós-convencionais) se tornam cada vez mais abstratos e inapreensíveis, de modo que o máximo de moralidade que se concebe é o quarto grau, o apego à lei e à ordem. Os indivíduos cuja conduta evidencia essa motivação tornam-se então emblemas do que de mais alto e sublime uma sociedade moralmente degradada pode imaginar, e são quase beatificados. O ministro Joaquim Barbosa é o exemplo  típico.
 
  Os dois graus superiores da escala são exemplificados por um número tão reduzido de pessoas, que já não têm nenhuma presença ou ação na sociedade e passam a existir apenas em versão caricatural, como fornecedores de chavões para legitimar e embelezar as condutas mais baixas. 
 
A autopreservação paranooica do grupo dominante envolve-se com frequência na linguagem dos "direitos humanos” (quinto grau), e qualquer imbecil que tenha lido a Bíblia já sai usando a Palavra de Deus (sexto grau) como porrete para atemorizar os estranhos e impor a hegemonia do grupo "fiel" sobre os "infiéis" e "hereges".
 
Isso, e nada mais que isso, é a moralidade nacional.
 

Jogo abjeto de intercontaminação histérica.

A foto de um homem negro, ajoelhado diante de uma mulher, também negra, oferecendo um cacho de bananas como se fosse um buquê de flores foi compartilhada por Igor no grupo da UFSC na rede social Facebook.

Um caso exemplar
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 17 de dezembro de 2013
          

O episódio do estudante de Santa Catarina que provocou uma onda de protestos com uma foto-caricatura considerada racista (v. acima) é um condensado simbólico de toda a loucura nacional. Vale a pena desmembrá-lo analiticamente nos seus elementos constitutivos:

            1. O autor da piada jura não ter tido intenção racista, mas a foto é objetivamente ofensiva. A oferta de bananas em lugar de flores reduz o amor do casal negro a uma paixão entre macacos. A comparação remonta ao século XIX, quando o sucesso da concepção darwiniana do ser humano que se destacava progressivamente de seus ancestrais símios, fundindo-se com a visão do atraso e barbarismo do continente africano, espalhou entre os brancos europeus a ilusão de uma superioridade racial tanto mais persuasiva quanto mais confirmada, aparentemente, pelos testemunhos convergentes da ciência e dos viajantes. O sentido da cena remonta portanto a uma tradição cultural inconfundível, da qual nenhum estudante universitário pode razoavelmente alegar ignorância.

            2. Subjetivamente, a mesma figura pode ser usada com graus diversos de intenção ofensiva, desde o gracejo inócuo entre amigos até a afirmação franca e brutal de um programa ideológico assumido. Como a foto foi publicada, em vez de circular apenas num grupo privado, ela já não está, obviamente, no primeiro grau dessa escala, mas também não chega ao último, pois o autor parece sincero ao negar que seja ideologicamente racista e ao dizer-se perplexo ante a reação hostil da coletividade negra local. Não sendo nem uma brincadeira inocente nem uma tomada de posição ideológica, o ato só pode ser explicado como um caso de inocência perversa, o mal crônico da sociedade histérica baseada no auto-engano geral. É preciso uma boa dose de ilusão histérica para um sujeito achar que pode fazer bonito com um estereótipo racial, em público, sem parecer racista. O histérico não sente o que percebe, mas o que imagina.

            3. Alguma reação indignada dos seus colegas negros era, portanto, não somente razoável, mas inevitável. A coisa escapou da psicologia normal, porém, a partir do instante em que a militância negra recusou ouvir um pedido formal de desculpas e preferiu partir para o protesto coletivo organizado e a exigência de punição administrativa. Essa decisão evidencia o desejo de forçar o senso das proporções para dar ao caso uma dimensão que ele por si não tem, transformando um erro individual momentâneo numa atitude política que devia ser respondida com outra atitude política. Isso também é pura histeria. O histérico não reage proporcionalmente aos estímulos, mas avalia “ex post facto” o estímulo pela intensidade da sua reação. Por exemplo, se morre de medo de um gato, persuade-se de que ele é perigoso como um tigre, ou, se tem uma explosão de cólera ante uma pequena ofensa, imagina que ela foi brutal e imperdoável. É compreensível que, num reflexo automático de autojustificação, ele então deseje instilar a mesma reação nos outros, produzindo uma resposta desproporcional para espalhar a impressão de que o estímulo foi maior do que realmente foi. Essa conduta é tanto mais irresistível quando não se trata de mera reação individual, mas de um contágio coletivo. A gritaria da massa passa então a ser a unidade de medida do motivo que alegadamente a provocou. A elite revolucionária, que não se constitui de histéricos mas de psicopatas, conhece perfeitamente bem esse mecanismo e sabe desencadeá-lo repetidas vezes até que, num meio social altamente carregado de paixões ideológicas, ele se torne automático e rotineiro. Praticamente todos os “movimentos sociais”, hoje em dia, vivem disso. No caso de Santa Catarina, forçar um protesto coletivo a contrapelo do pedido de desculpas que o tornava desnecessário foi o meio encontrado para dar a um miúdo desatino individual o alcance postiço de um sinal de racismo organizado, endêmico, ameaçador.

            4. Objetivamente, uma sociedade onde a única manifestação pública de racismo observada em muitos anos foi apenas uma piada é, com toda evidência, uma sociedade sem racismo praticamente nenhum. Mas o senso de identidade da militância negra depende, em grande parte, da expectativa comum de estar permanentemente ameaçada por uma militância igual e contrária, por um racismo antinegro endêmico e perigoso. A reação à foto-piada foi produzida exclusivamente por essa predisposição, totalmente alheia à gravidade maior ou menor dessa ofensa em particular. Uma vez desencadeada, era preciso portanto dar à ofensa as dimensões de um perigo iminente e grave contra o qual era obrigatório defender a todo custo a integridade do grupo. A reação desproporcional visou precisamente a dar a impressão de racismo generalizado, de modo a justificar novas e mais violentas reações. É estímulo a um racismo negro em resposta a um racismo branco praticamente inexistente ou inofensivo, que se deseja pintar como uma ameaça temível para daí tirar vantagem psicológica e política: reforçar a identidade do grupo e ao mesmo tempo ganhar para ele o apoio da opinião pública.

            As lições do psiquiatra polonês Andrew Lobaczewski  em “Political Ponerology: A Science on the Nature of Evil Adjusted for Political Purposes” (Red Pill Press, 2007) são ilustradas diariamente pelo noticiário nacional. A esse jogo abjeto de intercontaminação histérica reduz-se a política de um país governado por psicopatas. 



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