quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Brasil:Paraiso dos corruptos.



O paraíso dos corruptos

Autor: Gil Castello Branco



Parodiando, às avessas, Milton Nascimento — na canção “Nos bailes da vida” — dizem que o corrupto vai onde o dinheiro está. Assim, os encontros de funcionários públicos desonestos com comerciantes venais, infelizmente, não são raros.(...).

O governo federal é o maior comprador do Brasil. No ano passado (2011) gastou aproximadamente R$ 12,5 bilhões adquirindo materiais de consumo e R$ 33,2 bilhões contratando serviços de terceiros.

Como a “bola da vez” são os hospitais, só com material farmacológico, hospitalar e laboratorial foram pagos quase R$ 5 bilhões em 2011. Mas compra-se de tudo. Das lanchas-patrulha, que pescaram doações eleitorais em Santa Catarina, ao Ford Edge, fabricado no México, que serve à Presidência da República. Nos carrinhos de compras dos órgãos públicos não é impossível encontrar chicletes, essência para sauna, obras de arte e até cachaça. O megamercado interessa a muitos. Do contraventor ao senador.

Na contratação de serviços de terceiros não é diferente. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário gastam, por ano, cerca de R$ 375 milhões com vigilância e R$ 486 milhões com limpeza, apenas para dar alguns exemplos de alvos da moda. Se incluirmos a aquisição de equipamentos, o mercado brasileiro é tão interessante que provoca alvoroço até no exterior, como acontece na compra dos aviões caças para a Força Aérea Brasileira.

As irregularidades ocorrem em todas as formas e fases das licitações.

Nas dispensas indevidas, nas emergências planejadas, nos concursos e concorrências armados e dirigidos, e até nos pregões presenciais e eletrônicos que também não são imunes às fraudes. Vale tudo para que sejam geradas “gorduras” distribuídas na forma de propinas entre as partes. Nesses casos não há anjos. Há corruptos públicos e privados, nos dois lados do balcão.

A Lei que regula as compras e contratações (Lei 8.666/93) tem 19 anos, 121 artigos e muitos remendos.

Cria inúmeras formalidades e enorme burocracia, mas não evita as fraudes cometidas pelos mal intencionados.

Parte do problema, portanto, é melhorar a legislação.

o governo não possui sistema nacional de registro de preços confiável, com valores justos para cada item licitado
 
A farra da moda são as adesões às atas de registros de preços, também chamadas de “caronas”. A brecha legal permite ao fornecedor vencer licitação em uma repartição pública e posteriormente vender o mesmo produto, durante um ano, a vários outros órgãos.

A tese do “onde passa um boi, passa uma boiada”, tem falhas. O “registro vencedor” e a perspectiva de vendas futuras valem ouro e geram negociatas. Além disso, como o preço varia conforme a quantidade, é óbvio que a economia de escala beneficia so famente o comerciante. Uma boa ideia seria limitar o valor da carona até, no máximo, o dobro do valor da licitação original. Outra sugestão saneadora seria acabar com os pregões presenciais — que não têm qualquer vantagem sobre os eletrônicos — e dão margem às combinações prévias.

Pior que a legislação, porém, é a gestão.

Mesmo comprando há vários anos, o governo não possui sistema nacional de registro de preços confiável, com valores justos para cada item licitado. Se tivesse, qualquer preço estranho, fora do intervalo padrão, seria detectado. A área de Gestão, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com frequentes alterações de chefias e estrutura administrativa, ainda não conseguiu normatizar e gerir com eficiência os negócios governamentais.

O exemplo de que as inovações são possíveis vem do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Ao comprar ônibus, bicicletas, vestuário, tablets, mesas e carteiras, entre outros itens, para 54 milhões de alunos o FNDE passou a adotar sistemática moderna. Definiu tecnicamente — em parcerias com o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) e universidades — o que precisava adquirir, contratou pesquisas de mercado, realizou audiências públicas com fa bricantes e fornecedores e criou comitês de compras. Dessa forma, tem adquirido em pregões eletrônicos produtos padronizados, com qualidade atestada, por preços, em média, 20% inferiores aos oferecidos na praça.

O fato é que urgem mudanças na legislação, no planejamento e na gestão das bilionárias compras e contratações da administração pública federal, das estaduais e das municipais. O que assistimos na televisão é apenas o véu da cachoeira desse submundo.

Fonte: O Globo, 03/04/2012

A tempestade perfeita.

O dia de ontem foi pródigo em manifestações das mais variadas espécies sobre um só motivo: o receio de que as manifestações de junho passado voltem a tomar conta do país. Quem primeiro revelou essa preocupação recôndita foi o ex-presidente Lula, cuja língua solta acabou traindo-o no discurso de improviso que fez ao receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo.

Ao se auto-elogiar por ter autorizado o funcionamento da Universidade, Lula alertou a presidente Dilma, presente ao evento na qualidade de coadjuvante, como sói acontecer quando os dois estão juntos: “Depois que ele se forma doutor, não espere que ele ficará agradecido. Ele vai para a rua fazer manifestação contra você”.

Para evitar isso, Lula disse que só existe uma maneira: “garantir que, depois de formado, ele possa aperfeiçoar seus estudos e o emprego do sonho dele. Quando ele conseguir isso, pode estar certa de que ele não vai mais sair para passeata”.

Portanto, Lula sabe que as passeatas foram contra o governo, e admite publicamente que é preciso fazer mais do que simplesmente criar universidades sem estrutura e sem projeto de educação.
Em seguida foi o prefeito do Rio Eduardo Paes que confirmou o aumento de passagens de ônibus no ano que vem, inevitável por previsão contratual. Mais uma vez as manifestações populares de junho, que começaram a partir de um movimento contra um aumento de R$ O, 20 centavos nas passagens de ônibus – que, aliás, havia sido adiado a pedido do governo federal para segurar a inflação – voltaram a rondar a conversa quando o Prefeito disse que a redução ocorrida este ano “por motivos óbvios” não poderia ser mantida por muito mais tempo.

Para completar o cardápio, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke admitiu que as manifestações populares de junho quase tiraram a Copa do Mundo do Brasil. Na Costa do Sauípe às voltas com o sorteio das chaves da Copa do Mundo e os atrasos dos estádios de futebol brasileiros, Valcke relembrou que houve um momento em que se pensou em suspender a Copa das Confederações, o que tecnicamente levaria à mudança da sede da Copa de 2014.

Pois todos esses fatores estarão de volta ao cenário brasileiro no próximo ano, e com ingredientes da economia internacional que podem pressionar a combalida economia nacional. Seria a “tempestade perfeita”, raro fenômeno meteorológico que conjuga fatores climáticos produzindo ondas gigantescas e ventos de quase 300 km/h, como aconteceu em 1991 no Caribe.
Em economia, dá-se esse nome à conjunção de fatores internos e externos que pode abalar um país. Com a perspectiva de reversão da política monetária fortemente expansionista do governo dos Estados Unidos através do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), e os problemas fiscais vividos pelo país, teme-se que uma “tempestade perfeita” atinja o Brasil no próximo ano, exacerbada pelas questões políticas internas.

Justamente quando estará em disputa a reeleição da presidente Dilma, que, por isso mesmo, não terá margem de manobra para reduzir gastos públicos. Há estudos que demonstram que historicamente a utilização de políticas monetárias, fiscais e cambiais com claros objetivos político-eleitorais gera Ciclos Políticos de Negócios (CPNs), cuja principal característica é a redução do desemprego em períodos pré-eleitorais, com o objetivo de proporcionar um ambiente positivo capaz de influenciar o resultado eleitoral.

Após esse período de crescimento, no entanto, o período pós- eleitoral é caracterizado por inflação em alta, cuja conseqüência é a adoção de políticas macroeconômicas contracionistas. No Brasil temos pleno emprego em uma economia que cresce a ritmo de pibinho, com previsão de piorar no próximo ano. E já temos inflação alta.
Todo o esforço da presidente Dilma será atravessar o ano sem que as diversas crises previstas afetem sua possibilidade de reeleição. Seja quem for o vencedor, porém, terá um 2015 caótico pela frente.

Presente de Distrital


Se existisse um presente absolutamente rejeitável, seria o criado na oficina da Câmara Legislativa. Em dobradinha com o GDF, o pacotão seria para os contribuintes brasilienses arcarem com uma conta de mais de R$ 120 milhões referentes às rescisões trabalhistas dos rodoviários dispensados das empresas privadas que não fizeram o dever de casa.

O papel dessas empresas de transporte público nunca foi prestar um bom serviço à comunidade. Em compensação, nunca falharam durante as campanhas políticas do DF.

O mais bizarro nesta história de Natal que se transformará em história de ano-novo é que os distritais, que deveriam honrar a confiança dos eleitores, preferiram proteger os maus empresários, espetanto a fatura nas costas do contribuinte.

Manipulados pelos antigos patrões, os rodoviários ainda ameaçaram paralisar toda a cidade. Em meio a tentativa de lockout dessas empresas, o Conselho do Tribunal de Justiça do Distrito Federal acolheu o pedido de liminar interposto pela OAB e pelo Ministério Público, decidiu suspender a responsabilidade do DF por verbas trabalhistas de rodoviários, até que seja apreciado o mérito da questão.

Foi necessária a intervenção da OAB e do MP para que a população fosse colocada a salvo desse presente de distrital.

Num balanço rápido de 2013, as três principais tentativas da Câmara Legislativa de lesar o cidadão (PPCub, Luos e indenização dos rodoviários) tramadas neste ano ainda não tiveram o êxito que esperavam os políticos. Em 2014, cabe ao eleitor cidadão retribuir o descaso com o voto bem dado.

A frase que não foi pronunciada

“Os políticos estão sempre pensando no próximo... mandato.”

O presente de Natal que eleitores do DF querem dos politicos.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013


O Correio Braziliense percorreu o centro da cidade pedindo a cidadãos que depositassem numa urna votos de natal para os políticos em 2014
A voz da ruas quer ser ouvida 
Em um ano marcado pelos protestos no país, brasilienses depositam em uma urna pedidos ao Papai Noel. Fim da corrupção e mais investimentos em saúde, educação e transporte são as principais demandas.
Julia Chaib
Os presentes de Natal que a população espera dos políticos em 2014 são antigos conhecidos de Papai Noel. Com uma urna, o Correio percorreu o centro de Brasília para saber o que o eleitor quer para o ano que vem. A maioria dos desejos são por honestidade, pelo fim da corrupção, mais investimento em saúde, educação e transporte público. Muitos desses pedidos já haviam emergido das ruas, quando o “gigante acordou” por algumas semanas no meio do ano, mas seguem sem solução. São demandas que devem perseguir os políticos no próximo ano, que será marcado pela Copa do Mundo e pelas eleições.
Na avaliação do cientista político João Paulo Peixoto, da Universidade de Brasília, os desejos da população são aspirações permanentes de que os políticos ajam com mais correção e cumpram as promessas feitas. “São quase solicitações, que não precisariam sequer serem pedidas, mas acabam sendo para o brasileiro, porque estamos longe de ter um padrão de performance política. A insatisfação é latente e muito grande”, analisa João Paulo Peixoto, que estuda o funcionamento das instituições públicas.
Peixoto acredita que, mesmo com um recuo nas manifestações, o ano que vem será marcado por mais protestos. “Certamente, será um ano eleitoral de desafios para os candidatos. Há dois polos que estimulam os atos: as eleições e a Copa do Mundo. É natural que as pessoas interessadas em se fazer ouvir e enxergar aproveitem para colocar os pedidos em panos quentes”, diz. A estudante do ensino médio Gabriela Faria Mendes, 18 anos, faz parte do perfil de jovens que participaram das manifestações neste ano. Ela diz que fará questão de ir aos protestos no ano que vem.

 “Espero transparência política. Gostaria que os políticos tivessem mais consciência popular. Que ouvissem mais o que a população pede.”

O cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, doutor em direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), também acredita que 2014 será palco de protestos. Para o especialista, os atos de 2013 foram uma manifestação generalizada em torno da qualidade dos serviços públicos e um divisor de águas na política. “Ninguém esperava pelos protestos. A presidente Dilma levou de três a quatro dias para fazer um pronunciamento oficial sobre o assunto. Ficamos assistindo a um embate entre manifestantes e polícia, sem que nenhuma autoridade se pronunciasse”, diz o cientista, que é integrante do Instituto de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj).
O ano de 2013 também entrará para a história como o da prisão dos políticos envolvidos no processo do mensalão, esquema de compra de votos no Congresso Nacional durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, para algumas pessoas ouvidas pelo Correio, o julgamento não foi suficiente para assegurar o fim dos malfeitos.

De 50 cédulas depositadas na urna, os pedidos por honestidade e fim da corrupção lideraram os desejos. O ajudante de cozinha e estudante de direito Fernando Mascarenhas, 28 anos, quer mais honestidade. “Gostaria que os políticos honrassem a palavra deles e cumprissem o que prometem quando vão pedir votos à população”, disse, antes de depositar a cédula na urna. A arquiteta Flávia Portela, 52 anos, também espera mais competência dos governantes. “Que haja menos apadrinhamento e mais seriedade nas decisões”, disse.
Depois de honestidade e fim da corrupção, o pedido que mais apareceu foi o investimento em saúde. 

“E uma área que precisa de atenção”, disse o técnico em secretariado Elisvaldo Rocha, 28 anos, que depositou a cédula com a sobrinha Maria Eduarda Nunes Magalhães, 12 anos, e a amiga da menina, Giovana Fernandes Teixeira, 9 anos. Segundo Monteiro, as pesquisas de opinião geralmente colocam a saúde como a principal preocupação da população, seguidas por preocupação com segurança, transporte, emprego e educação. “Mais uma vez, as pessoas estão dizendo, as prioridades estão aí, estão colocadas, vocês (os políticos) que não querem ver, não querem enxergar.”
Mais investimento em educação e transporte são anseios que aparecem logo depois de saúde. Consciência dos políticos e compromisso com a população, transparência, cidadania e justiça também são qualidades esperadas para o ano que vem. Em duas cédulas, o recado pede por melhorias em presídios. O setor recebeu mais atenção nas últimas semanas, com a prisão de condenados pelo mensalão e de vantagens concedidas a alguns deles na Papuda. “A comida é muito ruim”, diz uma das notas. Ainda apareceram entre os desejos o fim do voto secreto, investimento em políticas para deficientes físicos e respeito ao Estatuto do Idoso.

Fonte: Correio Braziliense

Ambientalismo. Lares Gays.

Um estudo recente levado a cabo pelo professor-adjunto Mark Regnerus, da Universidade do Texas, revela o quão perigosa a vida duma criança criada por duplas homoeróticas pode ser:

- A pedofilia paternal está amplamente disseminada: 23% das crianças com uma mãe lésbica reportaram terem sido sexualmente tocados por um dos adultos da dupla homossexual, em comparação com 2% das crianças que foram criadas pelos pais biológicos.

- A violação existe em números galopantes: 31% das crianças criadas por uma mãe lésbica, e 25% das criadas por um homem homossexual reportaram terem sido forçados a levar a cabo atos sexuais contra a sua vontade, comparados com os 8% criadas pelas famílias intactas.

- As DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são epidêmicas: 20% daqueles criados por duas mulheres e 25% daqueles criados por dois homens reportaram terem contraído uma DST, comparados com os 8% que foram criados pelas famílias naturais.

- As tendências suicidas são assustadoras: 24% das crianças criadas por homens homossexuais e 12% das crianças criadas por lésbicas admitiram terem contemplado o suicídio, comparadas com as 5% das que foram criadas pelo pai biológico e pela mãe biológica ou mesmo um pai solteiro ou mãe solteira.

Cientificamente falando, o estudo, publicado na revista Social Science Research e que inquiriu cerca de 3 mil jovens adultos, é provavelmente o mais digno de credibilidade já feito em torno deste tópico.
Regnerus recolheu estes dados de forma aleatória junto dos jovens adultos, enquanto que os outros estudos recolheram os seus dados de uma forma não-aleatória e não-representativa através de pequenas amostras recrutadas em eventos lésbicos, livrarias ou até jornais lésbicos. Para além disso, fez as suas pesquisas junto às crianças criadas por homossexuais, e não junto aos homossexuais em si.

Mat Staver, fundador e presidente da "Liberty Counsel", afirma:

O estudo prova o que sempre se soube - que as crianças desenvolvem-se de uma forma bem melhor quando são criadas pelos pais biológicos (...)
Deveríamos estar a aprovar leis que fortalecem a família, e não leis que a fragilizam.
As crianças educadas em lares onde o homossexualismo, ou outros comportamentos homossexuais estão presentes, enfrentam riscos acrescidos.
A política das uniões entre pessoas do mesmo sexo afirma que os pais e as mães são irrelevantes para o bem estar da criança. A experiência das uniões entre pessoas do mesmo sexo revelar-se-á desastrosa para as crianças.

Publicado na Charisma News - http://www.charismanews.com/ 

Mídia Sem Máscara-Olavo de Carvalho

Feliz 2014!

Prezados,

A Associação Park Way Residencial deseja a todos os amigos do Park Way e a todos aqueles que aspiram por uma cidade com mais verde e ar puro, com menos poluição e criminalidade, um  feliz 2014!!

O abraço amigo da Flavia e do meu querido filhão Carlos Guilherme.

Associação Park Way Residencial

Ando por aí e só vejo trenós, constelações de estrelas, toneladas de algodão, multidões de papais-noéis, pilhas de caixas embrulhadas para presente. E quase não vejo presépios ou mensagens que lembrem o fato que faz a festa: o nascimento de Jesus.

Estou cada vez mais convencido de pertencer a uma espécie em extinção, a merecer legislação protetora e severa defesa por alguma ONG preservacionista. Alguém dirá que incorro em exagero, mas não. Minha espécie está sendo extinta e o que torna a situação mais dramática é que isso se dá com a aquiescência e a colaboração dos próprios membros do grupo. Sem perceberem o tamanho da encrenca, eles estimulam o processo de eliminação desencadeado sobre si e acionam os gatilhos das metralhadoras verbais que seus predadores usam para destruí-los. 


Pertenço à raríssima espécie dos conservadores, e, como tal, sou pela ordem, pela justiça e pela liberdade. Não gosto que invadam o que é meu nem o que é dos outros. Defendo a da instituição familiar e os valores do cristianismo. Atribuo importância à disciplina e a uma especial deferência aos idosos. Julgo que as mulheres são credoras naturais da cortesia masculina. Desagrada-me a violência e seu uso em substituição ao processo político e democrático. Sou contra as utopias e creio que as mudanças sociais devem ser produzidas no contexto das instituições, preservando-se o que tem comprovado valor moral e utilidade prática. 

Sou conservador porque a história me ensina que é de tais conteúdos e condutas que provêm a paz, o progresso, a harmonia social e os princípios em que melhor se aciona a democracia. É neles que se inspiram os maiores estadistas da humanidade. Sou conservador e percebo, contristado, que, colocando-se ao gosto da moda e cedendo ao impacto da cultura imposta pelos nossos predadores, muitos que pensam como eu reproduzem, inocentemente, o discurso que os condena à extinção. 

Agora, por exemplo, é Natal. Mesmo? Olha que ando por aí e só vejo trenós, constelações de estrelas, toneladas de algodão, multidões de papais-noéis, pilhas de caixas embrulhadas para presente. E quase não vejo presépios ou mensagens que lembrem o fato que faz a festa: o nascimento de Jesus. Mas como eu sei que é Natal e sou conservador insisto em desejar aos leitores que ele ganhe, em seus corações, o sentido almejado por Deus em sua radical e santificadora intervenção na História humana.