quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O predador se encolheu...e agora está mentindo????Por que será?

14:40:41
A foto pode não estar lá essas coisas, mas o blog traduzirá para você, leitor.
A imagem foi registrada na Audiência Pública sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília. Ela foi realizada no dia 06 na própria Câmara Legislativa. Nesse dia, a arquiteta e urbanista Vera Ramos tentou a todo custo entregar ao secretário de Habitação, Geraldo Magela (PT), uma análise criteriosa sobre os verdadeiros impactos que a aprovação do projeto poderá causar na vida da população de Brasília. Magela nem quis saber. Para não ficar tão deselegante, a distrital Liliane Roriz (PRTB), de azul, estica-se e ajuda a arquiteta a entregar o documento ao secretário. ...

A reação de Magela, que aparece no centro da foto completamente na defensiva, conforme demonstram seus trejeitos, pode ter duas intepretações.
A primeira delas é que, ao tapar o rosto, o secretário reflete o total desinteresse do governo em analisar sob outra ótica as graves mudanças que constam no projeto e que afetam a área tombada de Brasília.
A segunda, possivelmente a mais óbvia, demonstra uma reação de não querer ser responsabilizado caso o rolo compressor governista atropele, aprove e lá na frente os arquitetos e defensores de Brasília resolvam acusar o secretário de ter conhecimento prévio  sobre as esperadas complicações futuras em nossa cidade que estão sendo semeadas pelo projeto assinado pelo GDF que ora tramita na Câmara Legislativa.

Na sua opinião, estimado leitor, o que representa essa pose do secretário Magela?

Blog do Edson Sombra

Brasilia 14 de novembro.

 O predador mente aos moradores de Brasilia?!!!!Leiam abaixo:



A luta contra o PPCUB revigora o ativismo entre os jovens de Brasilia.

Magda Helena Tavares Chaves-Vice Presidente da Associação Park Way Residencial- defende as areas verdes de Brasilia durante a audiencia sobre o PPCUB realizada na Camara Legislativa no dia 7 de novembro.

Novembro histórico ( Correio Braziliense- Blog da Conceição-14 de novembro de 2013)

Não foi preciso um junho de rebeldia para que os defensores dos fundamentos urbanísticos do Plano Piloto pudessem comemorar uma primeira e pequena vantagem sobre o governo do Distrito Federal e a Câmara Legislativa. O suposto Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) desceu do ringue e, especula-se, talvez só volte ao embate depois das eleições de 2014. Longe, porém, de considerar o adiamento uma vitória. O Plano Piloto é a joia da coroa e os convivas estão todos mirando nela, e, sempre que há uma chance, tirando fios de ouro da ourivesaria.

A ação do Ministério Público, os protestos de arquitetos e urbanistas, a militância incessante de Maria Elisa Costa, o megafone dos senadores Cristovam Buarque e Rodrigo Rollemberg, tudo somado, acabou resultando num novembro (e outubro e setembro e agosto…) de moderna rebeldia. Momentos como esse renovam o sentido de pertencimento entre aqueles que, com variações de conceito e de intensidade, defendem o maior dentre todos os sítios da arquitetura e do urbanístico moderno.

O estancamento temporário da ameaça à partitura de doutor Lucio trouxe à lembrança o inesperado movimento brasiliense contra a construção da Praça da Soberania, uma das últimas tentativas de Oscar Niemeyer de desmerecer sua própria história e de interromper o remanso que conduz o brasiliense e o visitante a se apropriar, numa só miragem, de toda a monumentalidade que vai da Plataforma Rodoviária ao Congresso Nacional.

O sentido simbólico de Brasília que se alojou no peito da juventude ativista brasiliense ainda vai nos surpreender — anotem aí. Aquele orgulho afetivo que se teve pela capital tanto quanto pela Bossa Nova, pelo cinema novo, pelo desenvolvimento, pela vitória na Copa nos anos 50, está redivivo. E a morte de Niemeyer ajudou na floração desse sentimento. Ao reconstituir a vida do arquiteto, o brasileiro reencontrou a nova capital. Brasília tem inspirado o cinema, as artes plásticas, a fotografia, a literatura, a pesquisa histórica e arquitetônica.

Mas a cidade ainda é uma estranha arqueologia arquitetônica que se confunde, injustamente, com os destinos da política brasileira mais recente. O brasileiro médio se orgulha de Oscar Niemeyer, e nem mesmo sabe quem é Lucio Costa. Não muito mais que isso.
Encerro esta crônica algo alegre com uma declaração de Glauber Rocha sobre Brasília (retirada de A cidade teatralizada , de Celso Araújo):

 "Brasília foi a revolução cultural do Brasil. Com sua construção, o Brasil pode se livrar do seu complexo diante do colonialismo. O despertar político e a consciência do subdesenvolvimento datam da construção de Brasília. Isso é bastante contraditório, porque Brasília era uma espécie de Eldorado, a possibilidade que os brasileiros tinham de criar eles mesmos alguma coisa. Se falo assim, é porque também o cinema brasileiro nasceu com Brasília, num momento em que ninguém acreditava. A moderna universidade, as ciências políticas, tudo isso apareceu com Brasília. Brasília é o lugar mais importante do Brasil, depois do Antonio's, meu bar preferido no Rio".